Em janeiro deste ano o Sindicato dos Urbanitários de Alagoas, em reunião realizada em Maceió nos dias 13 e 14, com a participação de dirigentes da FNU (Federação Nacional dos Urbanitários), Intersindical Distribuição, Intersindical Nordeste e aliados políticos, se posicionou em relação a gestão das seis empresas Distribuidoras de Energia da Eletrobras, com base no atual modelo de gestão centralizada, com o objetivo de elaborar um diagnóstico para propor ajustes no processo de reestruturação, através de ações do governo Dilma.

Na época foram diagnosticados problemas como: falta de autonomia dos grupos gestores nos Estados, ausência de investimentos em novas tecnologias, perda da identidade local das empresas, falta de infraestrutura básica para atender bem à sociedade, terceirização, deficiência na interlocução das empresas com a sociedade, revelando a necessidade de uma reformulação do atual modelo de gestão.

A FNU e as Intersindicais apontaram, na época, para a necessidade de se constituir uma Diretoria ou Superintendência em nível local, com poder de decisão e autonomia financeira, para evitar alguns problemas estruturais detectados, bem como avançar na participação dos trabalhadores/as na gestão das empresas do Setor Elétrico.

Passados três meses deste diagnóstico, a sociedade alagoana clama por mudanças na Estatal. Apesar do Sindicato entender que a criação da Holding Eletrobras Distribuição ter sido positiva, defende que o modelo seja descentralizado, com diretores com poder de decisão em cada Estado.

Recente relatório de avaliação do índice de confiabilidade das distribuidoras brasileiras, produzido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apontam exatamente para essa deficiência da Eletrobras Alagoas. Os números negativos se iniciam justamente no ano em que houve a centralização das decisões em Brasília.

O Sindicato espera que o governo federal atenda aos clamores da sociedade alagoana, fortalecendo as distribuidoras com mais investimentos e redefinindo o atual modelo de gestão, colocando diretores locais, com poder de decisão, capazes de responder, de forma rápida e eficiente, às demandas da nossa população.