As chuvas em Alagoas já despertam a atenção da Defesa Civil para as áreas de risco. A falta de preparo para evitar desastres em vários municípios alagoanos, como as enchentes do ano passado, tem sido umas das principais preocupações do órgão, já que apenas Maceió possui um plano municipal de redução de riscos.

O coordenador da Defesa Civil da capital, coronel Almeida e o diretor-executivo da Defesa Civil em Alagoas, coronel Romero participam esta semana do 1° Seminário internacional de gestão integrada de riscos e desastres, em Brasília. Em maio uma reunião climática vai definir o planejamento para monitorar as áreas de risco em bairros como Mutange e Vale do Reginaldo.

“Cada município tem que fazer o monitoramento dessas áreas. Nos baseamos em um estudo feito em 2007, que apontava que Maceió possui 1750 edificações em áreas de alto risco e 4250 em áreas de risco. As famílias precisam ser removidas e esses dados já foram repassados para a Secretaria de habitação. O prefeito pediu para priorizar isso”, afirmou Cel Almeida.

Já o coronel Romero explicou que uma parceria com a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) busca conscientizar os prefeitos para a importância de aparelhar a Defesa Civil e evitar tragédias como as enchentes de junho de 2010, onde cerca de 30 pessoas morreram e várias famílias ficaram desabrigadas.

“Aproximadamente 50 gestores participaram da reunião em janeiro deste ano. Queremos fortalecer a prevenção, porque infelizmente a Defesa Civil em Alagoas ainda é precária. O objetivo é formar Coordenadorias de Defesa Civil (Codec) e fortalecer as ações no interior do Estado. Uma nova reunião será realizada para sabermos o que vem sendo feito”, explicou.

Questionado sobre a volta de pessoas para áreas próximas a rios que transbordaram e destruíram várias cidades no Estado, como Branquinha e Santa do Mundaú, o coronel Romero lembrou que as Codecs devem se responsabilizar pelo monitoramento, lembrando da parceria com o Instituto de Ciências Atmosféricas da Ufal para receber os alertas sobre as chuvas.

“É preciso estruturar a Defesa Civil em outros municípios e qualificar profissionais para perceber a possibilidade de situações de risco. As cidades estão sendo reconstruídas em outros locais e as áreas atingidas pelas enchentes ainda não foram liberadas. Cabe maior fiscalização para evitar que as pessoas façam novamente suas casas nesses locais”, lembrou.

Relembre nos  vídeos abaixo as chuvas de 2010.