O luxo das realezas europeias e, como contraponto, as agruras do sertão brasileiro estão na próxima novela das seis da Globo, Cordel Encantado, de Thelma Guedes e Duca Rachid, que estreia nesta segunda-feira (11) no lugar de Araguaia.
A popular literatura de cordel é a grande fonte de inspiração das novelistas, que pretendem fazer os telespectadores se emocionar e sonhar com muitas histórias de amor e de aventura nos dois mundos.
Saiba quem é quem na nova novela da Globo
Duca, em comunicado divulgado pela Globo, define sua trama como uma "história encantada".
- Cordel reúne esses dois universos atemporais: a corte e o cangaço. São universos que têm símbolos e rituais muito próprios. E que estão presentes na literatura de cordel há muito tempo. Uma história de amor, temperada com muito humor e aventura. Desejamos criar um mundo de sonho, mas com verdade, com sentimentos e personagens muito humanos.
A união das fábulas é representada pelo romance de Açucena (Bianca Bin), uma cabocla brejeira criada por lavradores no Nordeste brasileiro sem saber que é a princesa de um reino europeu, e Jesuíno (Cauã Reymond), jovem sertanejo que desconhece ser filho legítimo do cangaceiro mais famoso da região.
A história começa quando a família real da fictícia Seráfia do Norte - Augusto (Carmo Dalla Vecchia) e Cristina (Alinne Moraes) e a bebê Aurora - viajam ao Brasil em busca de um tesouro escondido pelo fundador de seu reino. No percurso, Cristina e sua filha são vítimas de uma emboscada arquitetada pela duquesa Úrsula de Bragança (Debora Bloch), que cobiça o lugar da rainha.
Antes de morrer, Cristina salva Aurora e a entrega para ser criada por um casal de lavradores, que batiza a menina de Açucena. O rei Augusto volta para a Europa arrasado, acreditando que sua mulher e sua filha estão mortas.
Enquanto isso, o cangaceiro Herculano (Domingos Montagner), preocupado com a segurança de seu filho, deixa o pequeno Jesuíno e sua mulher, Benvinda (Claudia Ohana), em uma fazenda. Após se certificar que os dois ficarão protegidos pelo anonimato de suas origens, o líder do cangaço vai embora dali e promete voltar apenas quando seu filho for um homem adulto, pronto para entrar para o seu temido bando.
Mas, 20 anos depois, o rei descobre que sua filha pode estar viva no Brasil e Herculano quer o seu filho como seu sucessor para comandar os cangaceiros. A fictícia cidade de Brogodó - no sertão nordestino - não será mais a mesma com a visita da família real.
A novela, com direção-geral de Amora Mautner, é a primeira da Globo a ser gravada com a tecnologia de 24 quadros, a mesma usada no seriado A Cura.
Para a trama, foram registradas cenas no Castelo de Chambord, no Vale do Loire, na França, e em Sergipe, na cidade de Canindé de São Francisco.