Avó de vítima vai a escola no Rio e diz ver a neta viva

08/04/2011 11:18 - Brasil/Mundo
Por Redação

Transtornada, a dona de casa Maria Madalena, 73 anos, fugiu da casa da filha na manhã desta sexta-feira em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, para tentar "resgatar" a neta Ana Carolina Pacheco da Silva, uma das 12 vítimas do atirador Wellington Menezes, morta na Escola Municipal Tasso da Silveira na quinta-feira.

A dona de casa, que oscilava entre a consciência de que a neta estava morta e afirmações de que ela estava viva, disse que via a imagem de Ana Carolina em uma das janelas da escola, acenando para ela. Integrante do coral da igreja, Carol, como era conhecida a menina, deverá ser cremada nos próximos dias.

"Não vou deixar o homem malvado matar você. Por que esse homem malvado matou ela e fez isso com a minha netinha?", questionava a avó, que viu Ana Carolina pela última vez na semana passada. "Ela me lembrou para ter cuidado ao atravessar a rua. Era uma aluna muito boa, uma neta muito dedicada. É uma dor muito grande. Criei meus netos, cuidei do umbigo deles", afirmava Maria madalena.

Amparada por policiais, Maria madalena deverá ser levada pela Polícia Militar de volta à casa da filha.

Atentado
Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e se suicidou logo após o atentado. Segundo a polícia, o atirador portava duas armas e utilizava pelo menos 10 dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.

Wellington atirou em duas pessoas ainda fora da escola e entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Em uma carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão de Deus e que nenhuma pessoa ¿impura¿ tocasse em seu corpo.
 

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