O presidente americano Barack Obama, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy --que conversaram por telefone nesta terça-feira-- concordaram sobre o uso das estruturas de comando da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no apoio à operação da coalizão em curso na Líbia, de acordo com um comunicado oficial do governo francês.
Poucos minutos antes, a Casa Branca tinha anunciado que os Estados Unidos, França e Reino Unido tinham concordado que a Otan deveria ter "um papel-chave" no comando da operação militar da coalizão internacional na Líbia.
Obama ligou para Sarkozy "para discutir a situação na Líbia", informou o palácio do Eliseu, sede da Presidência francesa, em um comunicado.
"Os dois presidentes destacaram com satisfação que as operações dirigidas pela coalizão permitiram limitar o número de vítimas entre as populações civis e reduziram as capacidades do coronel Kadhafi de utilizar a força contra seu povo", afirma o texto.
Os líderes "concordaram sobre a necessidade de prosseguir com os esforços para garantir a plena aplicação das resoluções 1970 e 1973" do Conselho de Segurança da ONU, que têm por objetivo proteger a população líbia das forças pró-Gaddafi.
Por último, indica a Presidência francesa, Obama e Sarkozy "concordaram sobre as modalidades de utilização das estruturas de comando da Otan no apoio à coalizão".
Mais cedo, a Otan havia definido sua estratégia para participar da operação Aurora da Odisseia, a missão militar internacional para imposição de uma zona de exclusão aérea e proteção dos civis na Líbia.
A reunião dos seus países-membros, contudo, não definiu se a aliança vai assumir a liderança da operação, que atualmente é comandada pelos Estados Unidos.