O crime do estudante Fábio Acioli completou este mês um ano e cinco meses e os processos continuam sendo analisados pelo promotor, José Antônio Malta Marques que terminou parte deles, na última sexta-feira (18), as denúncias contra os autores materiais do crime.

Após pedir vistas no processo para análise, o Ministério Público vai encaminhá-lo à Justiça ainda esta semana e pedirá o julgamento dos réus, Carlos Eduardo Souza e Vanderley Ferreira do Nascimento. 

José Antônio Malta informou ao CadaMinuto, na manhã desta segunda-feira (21) que os autores materiais tem total participação na morte do estudante. “Existem elementos suficientes que comprovam a participação dos dois no crime”, frisou Malta Marques, acrescentando que o processo será encaminhado ao juiz do caso, Geraldo Amorim

Para Carlos Eduardo e Vanderley Ferreira irem ao júri popular o juiz Geraldo Amorim tem que acatar a denúncia do Ministério Público Estadual. Segundo Malta Marques, o processo que investiga o crime foi subdividido devido ao Habeas Corpus impetrado pela defesa de Rafael de França, também acusado na morte de Fábio Acioli.

“O primeiro processo de Nº. 0022886-47/2009 que acusa como autor material o funcionário público Rafael Cícero de França. O segundo, Nº. 0022886-47/2009/0001, que apontam Carlos Eduardo Souza e Vanderley Ferreira do Nascimento como autores”, explicou o promotor.

Durante todo este tempo, ainda não foi o necessário para a Microsoft emitir o laudo sobre as conversar entre Fábio Acioli e Rafael de França. França não poderá ir a julgamento nesse primeiro período se for acatado pelo juiz devido à falta de provas.

Malta Marques, não quis revelar quais são os autores intelectuais do crime. “Não sabemos ainda quem mandou matar o Fábio, estamos ainda colhendo provas para apontar o verdadeiro autor”, finalizou. Caso o juiz acate o processo, o julgamento de Carlos Eduardo e Vanderley Ferreira poderá acontecer em breve.

O crime

Fábio Acioli foi raptado na noite do dia 11 de agosto, após sair de uma escola de idiomas na Ponta Verde. O rapaz, que era estudante de arquitetura, foi abordado por dois homens ao parar o veículo Peugeot, de cor prata e placa MUH-6407/AL, que pertencia ao pai da vítima.

Levado para um canavial no Complexo do Benedito Bentes, Fábio chegou a ser torturado e os criminosos jogaram gasolina em seu corpo, atearam fogo e em seguida fugiram no veículo. O carro foi encontrado no dia seguinte, queimado, no bairro de Cruz das Almas.

Para escapar da morte, Fábio conseguiu rolar na lama e apagar as chamas do corpo. O rapaz caminhou até a avenida principal do bairro, onde recebeu a ajuda de populares, que acionaram uma equipe do Samu. Fábio faleceu, no dia 28 de agosto, no Hospital Restauração, na cidade de Recife, onde estava internado.