Informações de ex-funcionários contratados pela rede de Lojas Americanas, de Arapiraca, dão conta de que pelo menos 9 pessoas ainda não receberam o salário relativo ao meses de novembro, dezembro e janeiro, além dos direitos trabalhistas conforme estabelece a Lei do Trabalho Temporário (Lei 6.019, de 3 de janeiro de 1974 e Decreto 73.841 de 13 de março de 1974).
Alguns destes profissionais residem em outros municípios do agreste e já se deslocaram várias vezes ao prédio da empresa, no centro de Arapiraca. Mas a resposta que obtém é sempre a mesma: Que não há programação para o pagamento deste ou daquele ex-funcionário temporário.
“Não é o que eu imaginava, fui enganado”, confessou um dos profissionais que ainda está trabalhando na loja e que chegou a abandonar o emprego anterior, com mais de 10 anos de carteira assinada, por conta das promessas de crescimento profissional e de melhores condições de trabalho feitas pela direção da empresa. Mesmo com o pagamento em dia, ele informou que trabalha sob pressão e que excede muito a quantidade de horas pelas quais teria sido contratado.
Os efetivos da casa também comprovaram a pontualidade do pagamento. Mas, para os ex-trabalhadores temporários da época natalina e de fim de ano, a situação parece não ser a mesma. Segundo a denúncia de uma ex-funcionária, identificada apenas como Patrícia, a direção das Lojas Americanas chegou a informar que o que ocorreu foi uma falta de planejamento e que agora os ex-contratados devem esperar por um agendamento para o pagamento dos serviços prestados, o que pode ocorrer daqui a um, dois ou três meses. “Um absurdo. Eu quero receber pelo trabalho que fiz, incluindo muitas horas extras nos sábados e domingos”, desabafou a ex-funcionária.
Procurada para falar sobre o assunto, a gerência da loja informou que só a direção geral pode se pronunciar neste caso. Um funcionário, que não quis se identificar, disse que lamenta o fato, mas que está de mãos atadas, pois não pode fazer o pagamento tirando dinheiro do próprio bolso. Já um outro ex-funcionário temporário chegou a ameaçar a direção local de que iria procurar a justiça trabalhista e que recebeu como resposta que poderia ficar à vontade para fazer o que quisesse.