O Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e a Promotoria de Justiça de Colônia Leopoldina acompanharam, na terça-feira, dia 15, a inspeção judicial, presidida pelo juiz Yulli Rotter Maia, nas dependências internas da Contabilidade da Prefeitura Municipal de Colônia Leopoldina, com o objetivo de verificar a existência de documentos contábeis da referida municipalidade.
Ao final dos trabalhos foi lavrado termo de inspeção judicial, descrevendo os casos em que foram detectados ausências de notas de empenho, ausências de notas fiscais e ausências de recibos de pagamentos, referentes ao ano de 2008, último ano da administração do prefeito Manuilson Andrade Santos.
Tal ato fez parte da instrução da Ação de Improbidade Administrativa ajuizada pelo Ministério Público em dezembro/2010. Ficou constatado que nos anos de 2009/2010 (gestão do prefeito Cássio Alexandre Reis) o município de Colônia Leopoldina efetuou diversos pagamentos irregulares, desembolsando a quantia de R$ 1.150.000,00 sem os correspondentes comprovantes de pagamento. Em dezenas desses pagamentos não existem notas fiscais e nem recibos, e sim apenas 'capas vazias' e nas referidas 'capas' estão descritos os valores com as datas dos pagamentos efetuados.
Os documentos inspecionados nesta data, que apresentaram irregularidades, foram apreendidos e estão sendo anexados aos autos da ação de improbidade. A inspeção foi acompanhada por dois vereadores, por uma procuradora e pelo diretor de contabilidade da Prefeitura. Pelo MPE, participaram os promotores de Justiça José Carlos Castro e Jorge Bezerra.