Durante toda manhã desta sexta-feira (11.02), trabalhadores rurais interligados à Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) e o Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), ocuparam a Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri) e o edifício Walmap, no Centro de Maceió, onde existe um escritório do Insituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Foi elaborada um pauta de reinvindicação para o Incra, repudiando a onda de ações truculentas do Estado contra acampamentos de trabalhadores rurais sem terra, o despejo de 1.283 famílias somente neste ano, a ampliação do orçamento para a reforma agrária, assim como, a necessidade do Incra Nacional definir a nomeação da nova direção da Superintendência Estadual. Devido a greve dos funcionários do órgão federal em Alagoas, o documento não pôde ser protocolado.
No prédio da Seagri, teve reunião entre os coordenadores dos movimentos, Gerenciamento de Crises da PM, Jorge Dantas, o Secretário de Estado da Agricultura, e Celina Peixoto, assessora especial do Gabinete Civil do Governo de Alagoas. Foi confirmado o compromisso do Governador Teotonio Vilela em se reunir com as lideranças, mas devido as viagens de férias pelos Estados Unidos e Europa, ficaria agendada para na manhã da próxima sexta-feira (18.02).
Em assembleia, os camponeses decidiram concordar com a data da audiência, mas exigiram a suspensão das reintegrações de posse agendadas para esta semana até a negociação com o Governador. Também exaltaram que se esse compromisso for quebrado, eles retornarão à capital alagoana para fazer novos protestos e ocupações.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
A partir das 15h, estar confirmada a reunião com o Presidente do Tribunal de Justiça, o Desembargador Sebastião Costa. O encontro tem como objetivo discutir a falta de sensibilidade da atual gestão da Vara Agrária, que tem determinado a reintegração de posse de várias áreas onde as famílias camponesas vivem há mais de cinco anos em comunidade, além disso, não tem ampliado a fiscalização dos imóveis rurais quanto às irregularidades sobre a documentação, denúncias de trabalho escravo, degradação ambiental e o não cumprimento da questão social da terra.