Deborah Evelyn: ‘Minha vida privada, prefiro manter privada’

16/01/2011 05:43 - Gente
Por Redação
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Deborah Evelyn volta à cena — sua última novela foi ‘Caras & Bocas’, em 2009 — em ‘Insensato Coração’, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, que estreia amanhã, às 21h, na Globo. A atriz será Eunice Machado e, com certeza, vai dar o que falar. Irmã de Luciana (Fernanda Machado), mulher de Júlio (Marcelo Valle) e mãe de Leila (Bruna Linzmeyer) e de Cecília (Giovanna Lancelotti), ela faz qualquer coisa para conseguir o que quer. Casada na vida real com o diretor Dennis Carvalho, há 22 anos, com quem teve Luiza, 17, Deborah diz a Telenotícias que não existe receita para manter um casamento longo: “O que deve existir é amor, respeito e admiração. Tendo isso, cada casal encontra sua maneira de ser feliz”.

Como é a Eunice? “O Ricardo Linhares deu uma definição maravilhosa: ‘Ela é a Lady Macbeth de Florianópolis’. Achei perfeito, porque guardadas as devidas proporções, é exatamente isso. Uma mulher que não mede esforços para conseguir o que quer, acha que tem razão sempre, manipula as pessoas, acredita que o mundo lhe é devedor e usa o marido para alcançar seus objetivos. É passional e descontrolada. Enfim, uma personagem deliciosa de se fazer!”.

Identifica-se com ela? “Não! A não ser pela certeza dela de que a família é o mais importante na vida de alguém e de que os filhos vêm em primeiro lugar. Mesmo assim, pensamos diferente”.

Fez laboratório para encarnar Eunice? “Não, porque ela é uma personagem absolutamente normal, encontramos várias ‘Eunices’ pela vida. Além disso, o texto do Gilberto e do Ricardo é extremamente bem construído, está tudo ali, é só estudar bastante”.

Como é sua relação com Luiza, sua filha? “É deliciosa, próxima, íntima. Adoro ser mãe da Luiza. Adoro todos os ônus e os bônus que ser mãe traz”.

É uma mãe autoritária? “Não, porque nós conversamos muito. Mas coloco limites, tento orientar e não tenho dificuldades em dizer não”.

É ciumenta? “Sou. Mas não é ciúme doentio. Sou ciumenta quando há razão para isso, pois todos estamos sujeitos a nos encantar por outras pessoas”.

Se incomoda com notícias como a de que seu casamento chegou ao fim? “Me incomodo com a falta de privacidade. Há pessoas que não se incomodam, até gostam de ver suas vidas expostas. Eu acho que o que é público é o meu trabalho. A minha vida privada, prefiro manter privada”.

Você está no teatro com ‘O Deus da Carnificina’, no Maison de France, e na TV. Como concilia trabalho e vida familiar? “Esses momentos são bem complicados, porque não acho que devemos viver só para trabalhar. Há algum tempo, tento não fazer junto teatro e TV para poder ficar com a minha filha, namorar, encontrar amigos, viajar, etc. Mas, às vezes, não é possível planejar porque surgem oportunidades irrecusáveis. Portanto, até setembro, quando terminam as gravações, estarei enlouquecida!”

É vaidosa? “Me cuido, gosto de me sentir bem, mas não acho que eu seja muito vaidosa”.

Já fez cirurgia plástica ou tem vontade de fazer? “Nunca e ainda não tenho vontade, mas não vejo problema em recorrer à cirurgia para corrigir alguma coisinha. Não sou contra plástica, o problema é quando paciente e médico não sabem a hora de parar, não reconhecem os limites”.

Faz alimentação especial e exercícios? “Como de tudo, mas de maneira saudável: produtos orgânicos, integrais. Adoro comidinha caseira bem feita. Faço musculação quando tenho tempo, não sou neurótica por exercícios, mas faço por uma questão de saúde”.

Começou na TV aos 17 anos, o que mudou? “Quando comecei, o processo era mais caseirinho, menos industrial, apesar de a Globo já ser uma grande empresa. Gravávamos nos estúdios do Jardim Botânico, que são bem menores que os do Projac, comíamos todos na padaria em frente aos estúdios. Enfim, a Globo cresceu muito, o Projac é um complexo impressionante e as produções cada vez mais sofisticadas. Gosto de ter começado em uma época que tudo era menor, acho que é o que faz eu me sentir em casa na Globo”.

Assiste às novelas que faz? É muito crítica em relação ao seu trabalho? “Muito! Por isso, é difícil assistir ao que faço. Mas vejo, às vezes”.

Gostaria de fazer mais filmes? “Fiz ‘Lamarca’, do Sérgio Rezende; ‘O Maior Amor do Mundo’, do Cacá Diegues e ‘Mulheres do Brasil’, da Malu de Martino. Foi pouco em relação a meu tempo de carreira e tenho vontade de fazer mais. Por outro lado, esses foram maravilhosos, com diretores que admiro e com quem tenho vontade de trabalhar de novo”.

Algum sonho na carreira? E na vida pessoal? “Adoraria ter um teatro com uma companhia estável, onde pudesse desenvolver o sistema de repertório (como acontece na Europa), mas isso é muito difícil no Brasil, pois não temos políticas públicas de incentivo à cultura eficazes. Na vida pessoal, meu sonho é viver feliz, ao lado da minha família e amigos, com um companheiro maravilhoso com quem possa compartilhar as miudezas e grandezas do dia a dia”.

A atriz Renata Sorrah é sua tia. Alguma vez pediu conselhos a ela? “Muitas! Somos muito próximas, ela é minha tia, madrinha e muito minha amiga. É uma pessoa importantíssima na minha vida e divido com ela não só questões profissionais mas também pessoais”.

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