A participação de dois magistrados, um de forma mais incisiva, em uma Rede de Pedofilia existente nos municípios de União dos Palmares e Santana do Mundaú está sendo investigada pela corregedoria do Tribunal de Justiça de Alagoas.
Duas matérias do Cadaminuto, uma que denunciou o vazamento da operação policial que flagrou o leilão de duas menores em um bacanal na cidade de União dos Palmares e outra com uma entrevista concedida pelo promotor Tácito Yuri relatando que um agenciador foi morto após ter dito que tinha uma agenda com os clientes de uma rede de Pedofilia, fazem parte do documento que provocou a investigação.
O juiz que presidirá o processo é Jerônimo Roberto dos Santos e os nomes dos magistrados só podem ser divulgados após o processo chegar ao Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas.
Em relação a festa que leiloaria a virgindade de uma menor de 12 anos o delegado Cicero Lima finalizou ontem o inquérito e indiciou, conforme ele tinha adiantado em entrevista ao Cadaminuto, Gisela e Vanessa dos Santos, organizadoras do evento, Thays da Silva Costa, classificada como cafetina e o dono do Bar do Queijo, onde se realizaria a festa, Nelson Cavalcante.
O delegado pediu a prisão preventiva dos quatro.
O Cadaminuto apurou que em três depoimentos do processo original denunciado pelo Ministério Público, o nome do magistrado que está sendo investigado pelo processo da corregedoria aparece como um dos “cabeças” do esquema.
O inquérito do delegado Cicero Lima não cita a denúncia de que um policial teria vazado as informações sobre a operação, fazendo com que pessoas imprtantes da cidade, inclusive um vereador tivesse fugido da festa a tempo.
O promotor Tácito Yuri cobrou a participação da sociedade para ajudar nas denúncias. Para ele, algumas mães sabem que as filhas se vendem para arranjar dinheiro para comprar comida. “As meninas que se prostituem são humildes e acaba facilitando todo processo. A população tem que participar denunciando”.
A prostituição se arrasta por vários anos, em União dos Palmares. Uma pessoa que oferecia adolescente para comerciantes, identificada por Heldes, foi morta após a polícia cumprir um mandado de busca e apreensão e encontrar uma agenda com os possíveis fregueses.
“Heldes foi morto há quatro anos, após a descoberta da agenda. O caso de prostituição em União é alarmante“, finalizou Tácito Yuri cobrando mais ação da população, da Polícia Militar e órgãos do município
Esclarecimento
O juiz Ygor Vieira de Figueirêdo, que atualmente responde pela comarca de União dos Palmares, participou do caso, apenas na prisão dos envolvidos da festa da orgia do Bar do Queijo, ainda segundo os promotores do Ministério Público Estadual ouvidos nesta matéria, ele vem exercendo um importante papel no combate a pedofilia desde que está na comarca.