O fato do Ministério da Saúde não ter repassado para Alagoas cerca de R$ 40 milhões, referentes ao mês de novembro, motivou uma reunião realizada na tarde desta quinta-feira (16), na sede da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), com o objetivo de destacar os prejuízos causados nos serviços de saúde ofertados pelo SUS. Os recursos, na ordem de R$ 7 bilhões, deixaram de ser repassados para todos os Estados, sob a justificativa de que não haveria dinheiro em caixa.


O secretário de Estado da Saúde, Herbert Motta e o secretário municipal de saúde de Quebrângulo e representante do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Pedro Medero lembraram que não houve nenhum tipo de desvio do dinheiro, geralmente destinado a hospitais particulares. Antes, o governo do estado recebia os recursos, que deveriam estar disponíveis no dia 5 de cada mês, mas atualmente a verba é enviada diretamente aos municípios.


Diante da situação, os representantes dos municípios alagoanos elaboraram uma carta, afim de sensibilizar o presidente Lula e também a presidente eleita, Dilma Roussef. No entanto, a farmácia do estado está abastecida até junho de 2011, o que minimiza a situação em Maceió. Os demais municípios terão dificuldades para suprir a demanda, já que as fábricas de medicamentos entram em recesso este mês e com isso, podem faltar remédios para doenças graves, como Mal de Parkinson.


“A situação é muito preocupante, porque à medida que o tempo passa a coisa se agrava, mas queremos mostrar a sociedade que o dinheiro não veio, foi cortado. Isso fragilizou os serviços ambulatoriais e hospitalares, além da aquisição de medicamentos. Informamos a situação à Dilma e ao Lula e esperamos que eles se sensibilizem”, ressaltou Motta.