Profissionais que salvam vidas. Desfibrilador, respirador artificial, monitor cardíaco e aparelho de eletrocardiograma são alguns dos equipamentos utilizados na Área Vermelha, principal área de emergência do Hospital Geral do Estado (HGE). Com uma média de aproximadamente 100 atendimentos/dia, o setor é responsável pela agilidade e eficácia na assistência a pacientes graves. Dados da unidade revelam que 80% dos casos de traumas são bem sucedidos.
De acordo com Eduardo Nunes, cirurgião geral e coordenador médico da emergência, os atendimentos realizados implicam em risco imediato de morte, constatado por critérios clínicos, como, por exemplo, acidentes de trânsito, suspeita de enfarte, convulsões, vítimas de agressão, arma de fogo e traumatismos cranianos.
A Área Vermelha, explica ele, é destinada ao primeiro atendimento destes pacientes e tem como objetivo maior afastar o risco de morte. “No setor são realizados exames diagnósticos e, posteriormente, o encaminhamento para tratamento clínico, cirúrgico, observação ou alta”, conta.
A emergência conta com uma equipe completa nos plantões, com as diversas especialidades médicas, entre elas cirurgia geral, clínica, neurocirurgia, cirurgias vascular, pediátrica e buco-maxilo-facial.
“O HGE é hoje a principal unidade hospitalar de atendimento de urgência e emergência de Alagoas, com uma longa experiência e tradição no atendimento ao trauma”, destacou.
O médico lembra que o HGE trabalha de acordo com o Protocolo de Manchester, seguindo o conceito de acolhimento, com classificação de risco, onde o acesso às áreas é realizado conforme o estado de saúde do paciente. Ao chegar, o usuário deve efetuar seu registro e dirigir-se imediatamente à Classificação de Risco, que dará o encaminhamento correto.
“Somos uma unidade especializada em urgência e emergência, o que significa priorizar usuários enfartados, feridos por arma de fogo ou branca, acidentados no trânsito, queimados e vítimas de outros acidentes graves. No entanto, todos que procuram o HGE são atendidos. O usuário que não apresenta risco de morte provavelmente ficará na fila de espera. Uma pessoa gripada ou com alergia, por exemplo, é classificada como azul e poderá aguardar o atendimento sem correr riscos”, explica o médico.
Protocolo - O Protocolo de Manchester ou Manchester Triage System (MTS) foi criado na Inglaterra e começou a funcionar pela primeira vez em 1996. Embora seja relativamente recente, já é validado em países da Europa e Oceania.
Nele, o paciente dá entrada no hospital e é acolhido por um grupo da enfermagem, e, levando-se em consideração o quadro de saúde, o doente será classificado em uma das seguintes categorias: vermelha, amarela, verde ou azul. Cada uma delas representa uma graduação de risco, que vai da mais grave (vermelha) até o não grave (azul). Lembrando que, no HGE, as emergências têm uma entrada exclusiva.
“A classificação é dinâmica, o paciente pode entrar na área vermelha, como paciente grave, e mudar para Azul, por exemplo. Esta mudança se dá devido à evolução do paciente”, afirmou Eduardo Nunes.