“No girassol quase tudo se aproveita”, confirma especialista

11/12/2010 01:52 - Maceió
Por Redação

Com a finalidade de trazer mais uma alternativa de alimentação para o gado e de geração de renda para o agricultor familiar, a Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), trouxe a Maceió o especialista no plantio e na exploração do girassol, Pedro Paulo Felicíssimo. Durante boa parte da manhã de ontem, no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal), Felicíssimo conseguiu mostrar a produtores e técnicos como a cultura do girassol é rentável mostrando o custo e benefício do produto.

De acordo com Aldemar Monteiro, diretor-presidente da CPLA, a ideia de trazer o especialista surgiu em um encontro entre laticínios e produtores promovido em Aracaju. “A diretoria da CPLA ficou realmente entusiasmada com o aproveitamento do girassol e principalmente com os benefícios que ele pode trazer para produção leiteira de Alagoas. Já sabemos que o segredo está na proteína, então vamos incentivar essa cultura”, ressaltou Monteiro.

Conforme apresentou Pedro Paulo Felicíssimo a cultura do girassol não interfere na produção do pequeno agricultor e pode ser plantada na entressafra do milho, do feijão. “Quase tudo do girassol se aproveita. Tenho rodado o país mostrando que se pode produzir o azeite de girassol, como auxilio de um simples maquinário, e ainda aproveitar o subproduto, como a torta para alimentar o gado”, destacou.

A alimentação do gado de leite foi o que chamou mais a atenção dos cooperativados da CPLA. Já ficou comprovado cientificamente que o girassol possui 30% a mais de proteína que o milho, considerado atualmente um dos melhores alimentos para o gado de leite. “Além da torta para o gado, o girassol também pode se transformar em silagem auxiliando no período da seca”, informou.

Para Hibernon Cavalcante, diretor de produção e comercialização da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), o encontro foi bastante esclarecedor principalmente quando se tratou da viabilidade para comercialização do produto. “Alagoas possui estudos com o girassol desde 2001, na região agreste. Com essa visita acreditamos e o grande número de informações obtidas nesse encontro vamos dar um salto para implementação de outros projetos”, ressaltou.

O encontro foi acompanhado por representantes da Seagri, do Serviço de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (Sebrae) e cooperados.

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