Esqueça a modelo, a atriz, a beldade. A nova rainha de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel – primeira escola a trazer uma famosa à frente de seus ritmistas na década de 80, com Monique Evans -, é apenas uma integrante da escola. Linda, é verdade, mas sem nenhum destaque em novela, programa de TV ou em revistas. Trata-se de Andréa de Andrade, de 24 anos, que há quatro desfila na agremiação, e que é casada com Rogério de Andrade, sobrinho de Castor de Andrade, que na década de 80 foi um dos grandes patronos da escola.

“Sou uma pessoa simples, humilde e não estou atrás de mídia. Não sou modelo, nem atriz. Não estou a fim de ficar brigando com outra rainha. Só quero fazer o melhor para a minha escola”, diz ela que já deu provas dessa boa vontade ao cancelar a própria coroação porque a mesma tinha sido marcada para o mesmo dia que a de Sabrina Sato.

“Achei desnecessário. Duas rainhas no mesmo dia. Ia ficar parecendo que a gente estava competindo ou coisa assim”, disse ela que foi à coroação e convidou a ‘colega’ de posto para a sua, neste sábado, 20, na quadra da agremiação, no bairro de mesmo nome, na Zona Oeste carioca.

Preparação às avessas

Andréa foge tanto do estereótipo de rainha de bateria que segundo ela, desde que foi alçada ao cargo, não tem conseguido ir à academia.

“Sou muito certinha com as minhas coisas. Vou à academia todos os dias, faço dieta, mas desde que virei rainha, a vida está uma loucura. É uma coisa, é outra, e as coisas ficam atropeladas”, disse ela que, por causa da disciplina, não quer mudar muita coisa no corpo até o desfile.

“Claro que quero estar bem, bonita, mas não devo fazer muita coisa, não. Nada de aumentar nada, não. Gosto de malhar, mas tomo cuidado para no ‘crescer’ muito, ficar muito forte. Acho que rainha tem que ser feminina”, diz ela que tem Luma de Oliveira como exemplo.

“Quero estar bem com a minha bateria. Saber interagir com eles, dar show na avenida. Acho que isso conta na preparação de uma rainha também”, diz.