O Estado de Alagoas será contemplado com modernos equipamentos de perícia distribuídos aos estados pelo Ministério da Justiça. A solenidade de entrega simbólica feita pelo ministro Luiz Paulo Barreto ocorreu, nesta quarta-feira (29), em Brasília, e contou com a presença do secretário de Estado da Defesa Social, Paulo Rubim, e da diretora do CPFor (Centro de Perícias Forenses), Ana Márcia Melo. A distribuição dos equipamentos deve ser feita até o final do ano.

Um dos principais itens adquiridos para os estados são maletas de perícia de local do crime, com equipamentos para localização de vestígios e para registro, medição e coleta de evidências materiais. As maletas são compostas por itens como reagentes de sangue e drogas, máquinas fotográficas, trenas eletrônicas, GPS, netbooks, lupas, material para coleta de impressões digitais e material para isolamento de área.

Para o secretário Paulo Rubim, os novos equipamentos terão reflexo no trabalho da polícia no âmbito da investigação criminal, já que 90% das provas contidas em inquérito são resultados da perícia. “Com esses equipamentos, a perícia alagoana ganhará melhores condições de trabalho, ajudando a polícia a investigar crimes e levar os culpados à prisão”, afirmou, informando que o Estado receberá dez maletas de perícia.

Com as maletas, o perito pode detectar e coletar vestígios como fios de cabelo, sangue, esperma, saliva ou impressões digitais. No total, serão entregues 1.100 maletas. Além dos kits de perícia, serão entregues aos estados 57 luzes forenses multi-espectrais, capazes de fazer a “varredura” de locais de crimes, em busca de vestígios como manchas de sangue, pêlos, unhas, fibras e impressões digitais.

Após a apresentação dos equipamentos, foi iniciada uma oficina de perícia forense e local de crime, voltada para profissionais da área, que acontece até sexta-feira (1º). De Alagoas, estão participando da capacitação os peritos Nichollas Passos e André Braga.

Aquisição - Também serão adquiridos pelo ministério 35 microcomparadores balísticos (usados para exames em projéteis disparados e eventual associação com armas de fogo), 18 scanners radiográficos (usados por médicos-legistas para laudos periciais mais ilustrativos, precisos e confiáveis em corpos), 31 cromatógrafos gasosos (que permitem o exame acurado de substâncias tóxicas e entorpecentes) e 150 câmaras frigoríficas para cadáveres (capazes de conservar corpos ou partes necessárias para exames periciais).

No total, o MJ irá investir R$ 75 milhões na compra dos equipamentos para a modernização da perícia forense e mais R$ 25 milhões na capacitação de profissionais.