O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) deu entrada, na Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), pedindo a proibição de saques acima de R$ 20 mil, a partir desta quarta-feira (29). De acordo com o coordenador-geral do Movimento, em Alagoas, Antônio Fernando dos Santos, esta é uma indicação da coordenação nacional e vem sendo ajuizada em todo o país.


“O objetivo é coibir a avalanche de dinheiro que circula, sempre, antes de qualquer pleito. Na tentativa de diminuir a compra de votos e a corrupção eleitoral”, destaca o Antônio Fernando. Ele conta que já foi uma vitória, para o processo democrático, a iniciativa do MPF - ao rastrear os saques a partir de R$ 10 mil -, mas acredita que só isso não será o suficiente. “Em Roraima, o pedido já foi acatado. Estamos aguardando para ver se também vai ser aceito aqui”, aguarda.


O coordenador-geral ressalta o trabalho da Justiça, que vem investigando e se posicionando sobre os abusos denunciados pelo MCCE, no decorrer da campanha. “Assim como aconteceu com Fernando Collor (PTB) e Galba Novaes (PRB). Acredito que este diálogo só garante que a eleição transcorra dentro da legalidade, sem abusos e contravenções”, destaca.


Acompanhamento
Ainda conforme a determinação do TRE/AL, os bancos devem informar a ocorrência dos saques e, a partir de segunda-feira (27), as informações devem ser atualizadas diariamente.


“Quanto mais vulnerável a população, mais propício é o ambiente para a compra de votos. Conhecer desde já responsáveis por vultosos saques em espécie e locais onde se dão tornará mais eficiente a investigação criminal e permitirá, inclusive, a atuação preventiva do MP”, justificou o procurador Regional Eleitoral.


Para o Ministério Público, o quadro de vulnerabilidade do eleitor alagoano, “via de regra preocupante, é absolutamente excepcional em 2010, em virtude das enchentes que atingiram o Estado”.