A reforma do Teatro Deodoro, que representou para o governo do Estado um investimento de R$ 2,5 milhões, veio resgatar o passado da mais importante casa de espetáculos de Alagoas, que completa 100 anos no próximo mês de novembro. Um dos espaços que ajudam a contar a história do teatro é o Salão Nobre, que já recebeu recitais de piano e poesia, além de ser o local onde foram oferecidos banquetes e recepções para importantes personalidades, como os presidentes da República, Nilo Peçanha e Washington Luiz.
O Salão Nobre fica localizado na área frontal do teatro, no primeiro andar do prédio. Lá já funcionaram a Biblioteca Pública, a Câmara dos Vereadores de Maceió, o Museu da Imagem e do Som de Alagoas e até a Justiça Federal. Com a reforma realizada pelo governo do Estado, o espaço recebeu um tratamento especial, com um investimento de R$ 436 mil.
Foram recuperadas as cores originais das paredes e o local teve de volta, também, o lustre original, que passou por restauração. Os trabalhos foram iniciados com a realização de diversas prospecções nas paredes, com o intuito de encontrar as pinturas originais que estavam embaixo de outras camadas de tinta, provenientes de outras reformas pelas quais passou o teatro ao longo desses 100 anos.
Um trabalho minucioso, onde não pode ser utilizado nenhum tipo de solvente e que contou com a ajuda de fotos antigas e registros históricos. Por meio deles, ficou comprovada a existência de pinturas feitas por artistas contratados ao longo do tempo, durante reformas anteriores que modificaram totalmente a estrutura original da casa centenária de espetáculos.
Para se ter uma ideia da agressão sofrida pelo Salão Nobre durante as outras reformas, o restaurador Mário Swenson, responsável pela recuperação do Teatro Deodoro, fez questão de manter parte das obras feitas pelos artistas contratados para outras reformas na parede.
A reforma do Teatro Deodoro poderá ser conferida pelo público a partir desta quinta-feira (16), quando a mais importante casa de espetáculos de Alagoas será reaberta.
