O maior encontro de aquicultores de Alagoas teve início nesta quarta-feira (8), com a realização de seis minicursos, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió. Cerca de 130 pessoas, entre estudantes, produtores e técnicos, participaram do primeiro dia do evento, que será aberto oficialmente nesta quinta-feira e tem como objetivo capacitar os participantes a atuar nas diversas áreas da aquicultura, dentro das boas práticas de manejo e preservação ambiental e sustentabilidade.
O evento é visto como forma de fortalecer o Arranjo Produtivo Local Piscicultura Delta do São Francisco, de acordo com o gestor Miguel Ângelo. O APL faz parte do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan) e pelo Sebrae.
“Nós conseguimos trazer os melhores especialistas sobre piscicultura e maricultura e graças a isso os produtores do APL vão poder se reciclar e aprender mais sobre a atividade. Esse evento é primordial para o crescimento e consolidação da piscicultura em Alagoas”, destaca o gestor.
Os minicursos, com duração de 4 horas, trataram dos temas: instalações em aquicultura, policultivo: peixes x camarão, licenciamento ambiental em aquicultura, ostreicultura, piscicultura marinha – cultivo de beijupirá e boas práticas em piscicultura.
Policultivo – O minicurso policultivo peixe x camarão foi ministrado pelo professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Emerson Soares. Segundo ele, o objetivo é capacitar os participantes a compreender o funcionamento do policultivo e as formas para melhorar sua produção.
“Entre os diversos pontos tocados, destaca-se as instalações para o cultivo e sistema de produção, o mercado, as espécies com potencial para o policultivo, o sistema de produção e a alimentação natural e artificial do peixe e camarão”, detalha o professor.
Já o minicurso de licenciamento ambiental, instruído pelo gerente de aquicultura do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Carlos Eduardo Godoy, teve como foco a conscientização dos futuros engenheiros de pesca sobre a importância do licenciamento ambiental. A metodologia contou com uma parte teórica, que tratou das leis ambientais, e outra prática, quando os participantes apresentaram projetos de piscicultura em tanque e rede e em viveiros, os mais comuns em Alagoas.
O professor André Gentelini, da Ufal, ministrou o minicurso instalações em aquicultura, que tratou da construção de viveiros escavados, do planejamento à avaliação para os aspectos construtivos.









