Braskem amplia parcerias e pesquisa na área de biotecnologia

01/09/2010 14:50 - Maceió
Por Redação

A Braskem assina hoje (1º/09) acordo de parceria com o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), em Campinas, no interior de São Paulo, para instalação de um laboratório a ser utilizado pela equipe de pesquisadores da empresa. Além de suas instalações, a Braskem terá complementarmente acesso aos equipamentos de ponta do LNBio.

O objetivo, segundo o diretor de Competitividade e Inovação da Divisão Polímeros da Braskem, Antonio Queiroz, é realizar pesquisas na área de biotecnologia, buscando o desenvolvimento de produtos que sejam ao mesmo tempo economicamente competitivos e sustentáveis, visando sempre ao uso de matérias-primas de fontes renováveis.

O diretor do LNBio, Kleber Franchini, ressalta a importância do apoio a iniciativas da indústria em que a pesquisa científica é necessária para promover inovação na cadeia produtiva.

Essa não é, porém, a primeira experiência com parcerias em tecnologia e inovação da Braskem nesta área. Em 2008, a companhia firmou convênio de cooperação com a UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) e a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), envolvendo cerca de 9 milhões de reais, para o desenvolvimento de pesquisas em biopolímeros. Por razões estratégicas, no projeto atual a empresa não revela o investimento destinado.

Prestes a inaugurar a primeira fábrica de eteno verde em escala industrial do mundo, que permitirá a produção de polietileno de fonte renovável, a Braskem caminha agora para o desenvolvimento de uma rota inovadora para produção do polipropileno verde. Em 2008 a companhia já produziu em seus laboratórios este produto e vem intensificando as pesquisas para melhorar a competitividade em escala industrial.

O polipropileno é uma das resinas que mais crescem no mundo em consumo e aplicações. Entre suas características estão o baixo custo, a alta resistência ao impacto e à fratura por flexão ou fadiga, e a facilidade de coloração e moldagem. É encontrado em produtos da linha branca, em partes internas e externas de carros, material de construção civil, brinquedos, copos descartáveis, canetas esferográficas, recipientes para alimentos e remédios, carpetes, além de outros usos.

A parceria com o LNBio prevê a utilização de uma área inicial de 50 m2 que será expandida para 200 m² já no início do próximo ano, e envolverá no curto prazo aproximadamente 40 pesquisadores da Braskem. Entre as vantagens da nova operação destaca-se o acesso dessa equipe à sólida infraestrutura laboratorial, que é ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e dispõe de avançados equipamentos em biotecnologia e pesquisadores altamente qualificados. Essa integração traz benefícios importantes para ambas as partes, na medida em que propicia o ambiente ideal para o desenvolvimento do trabalho científico e a inovação aplicada, conclui Queiroz.

Sobre o LNBio
O Laboratório Nacional de Biociências atua em pesquisa na área de biotecnologia, inclusive em outros projetos com indústrias de cosméticos e farmacêutica, para a descoberta e desenvolvimento de produtos inovadores. É um conjunto de instalações abertas multiusuário, que está à disposição da comunidade científica e tecnológica, quer seja acadêmica ou empresarial.
O LNBio integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, que compreende ainda os Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron e de Ciência e Tecnologia do Bioetanol e é gerido pela Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron.

A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Com 29 plantas industriais distribuídas pelo Brasil e Estados Unidos, a empresa produz anualmente mais de 15 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos.
 

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