Difícil encontrar na história da democracia brasileira uma campanha eleitoral em que não houve calúnias e confusões. Desta vez, o olho do furacão está sobre a candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, e do candidato a vice-presidente na chapa de José Serra (PSDB), Indio da Costa (DEM-RJ).
Tudo começou quando, no último dia 16 de julho, o candidato democrata deu uma entrevista à rede Mobiliza PSDB dizendo que o Partido dos Trabalhadores (PT) era “parceiro” do narcotráfico e chamando a presidenciável de “esfinge do pau oco”.
Este blog, procurou saber dos políticos alagoanos como essas acusações repercutiram no meio político do Estado. O candidato a deputado federal Gilberto Coutinho (PT), foi o mais exaltado em suas declarações. O político disse que é preciso processar Indio da Costa, para que esse tipo de acusação não se repita. "Ele é um maloqueiro, um moleque. Está sendo usado como pit bull nessa campanha. Issoe parece uma manobra desesperada de uma campanha sem rumo político", analisou Coutinho
Gilberto Coutinho foi ainda mais fundo nas críticas contra a chamada direita conservadora: "Quem está ligado ao narcotráfico são eles (tucanos). Desde 2001, o deputado federal Hildebrando Pascoal (PFL-AC) está preso depois de ser condenado pela CPI do Narcotráfico acusado de associação ao tráfico", lembrou.
Já os deputados estaduais petistas Paulão e Judson Cabral, partilham a opinião de que essa é uma forma de tentar afetar a imagem política de Dilma, na esperança de que ela caia nas pesquisas usando o artifício do medo e da descondiança. "Querem tirar o foco da campanha. Isso é coisa de quem não tem propostas para discutir. Usaram a mesma tática com Lula dizendo que ele ia tornar o País numa grande nação socialista, prejudicando os investidores", analisou Paulão.
Para quem se pergunta de onde vieram as acusações, Judson Cabral explica que essa é uma vertente antiga usada contra o PT. "A direita conservadora sempre quis fazer essa ligação do PT com a extrema esquerda da América Latina. Por isso estão usando o nome das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Muitos já disseram que Lula recebia dinheiro da Colôbia para fazer campanha", comentou Cabral.
Defendendo a candidatura de Serra à Presidência, o ex-deputado federal e o candidato a vice governador na chapa do Téo, demo-tucanato Thomáz Nonô minimiza a discussão dizendo que foi uma falha do colega Indio da Costa. O deputado (Indio da Costa) já se retratou e acho que agora o que cabe é um pedido de desculpas".