Sem acordo, servidores fecham Câmara de Maceió e decidem manter paralisação

20/05/2010 07:11 - Maceió
Por Redação
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Os servidores da Câmara Municipal de Maceió fecharam com cadeados a entrada do Legislativo para impedir que os trabalhos sejam realizados e tentar dar celeridade às negociações referente ao reajuste salarial pleiteado pela categoria. Os servidores decidiram ontem por unanimidade deflagrar greve até que tenham uma posição favorável da Mesa Diretora.

De acordo com Ivan Aguiar, presidente do sindicato, o presidente da Câmara, Eduardo Holanda, solicitou um prazo de 10 dias para que possam dar uma definição sobre as reivindicações dos servidores, alegando que esse seria o tempo pedido pela Secretaria de Finanças de Maceió para realizar um estudo e assim ver as possibilidades desse reajuste, já que para isso acontecer, é necessário um aumento no duodécimo do Legislativo.

Apesar desta solicitação, os servidores decidiram dar continuidade a greve que foi deflagrada ontem. “Já demos todos os prazos possíveis. Isso é querer empurrar com a barriga. As reivindicações foram passadas desde o ano passado e não há mais motivos para esperar”, afirmou o servidor.

Ele lembrou que são dois anos que os servidores trabalham sem reajuste. A reivindicação dos trabalhadores é de um aumento de 20% nos vencimentos, sendo 10% referente ao ano passado, e os outros 10%, deste ano. Ao todo, são 274 servidores que prestam serviço a Casa de Mário Guimarães.

Invasão do plenário

Durante a sessão de ontem, os servidores invadiram o plenário da Câmara Municipal de Maceió, impedindo a realização da sessão. Eles continuam reivindicando o reajuste salarial da categoria e a implantação do Plano de Cargos e Carreiras.

Os servidores invadiram novamente o plenário impedido que os vereadores presentes dessem início aos trabalhos, alegando a falta de negociação com a Mesa Diretora do Legislativo Municipal.

Dudu Holanda confirmou que a Câmara ‘não temos condições de conceder qualquer aumento ao servidor, haja vista que estamos com o duodécimo congelado já há três anos’. Ele afirmou ainda haver a possibilidade de os vereadores se debruçarem sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – já encaminhada à Câmara para apreciação pelo Executivo –, no sentido de que o aumento pleiteado possa ser concedido no próximo ano.

O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias serve de base à elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), somente entregue ao Legislativo no segundo semestre.

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