A população de Palmeira dos Índios está literalmente aterrorizada, desde Janeiro de 2009 o número de assaltos na cidade aumentou escancaradamente, com a criação de grupos criminosos dedicados ao assalto, à venda de drogas, ao furto de automóveis, com as ruas às escuras, assassinatos acontecendo e a população fica sem ter a quem recorrer.
A democratização do medo leva o município a ficar refém da violência. E ainda gera momentos que fazem com que as pessoas tomem atitudes irracionais como armar-se ou se autoproteger sem se preocupar com a preservação da vida do outro. Uma das principais causas é que se vive um momento de, talvez, "desgovernança” municipal e/ou estadual, em que a legislação e as instituições ficaram defasadas perante a evolução dos agentes que influenciam a violência em um todo.
Casos de violência doméstica, violência contra a mulher, assalto a mão armada, tentativa de homicídio, entre outros delitos fazem novas vítimas da violência. No entanto, seria inútil a busca de culpados ou “bodes expiatórios” a quem se possa atribuir à responsabilidade dessa difícil situação.
A principal importância é o despertar da sociedade para este tema. No entanto, com o elevado crescimento da violência – principalmente a doméstica, e a sua conseqüente banalização, faz com que, caso não sejam combatidos, com eficácia, acabarão por acarretar numa devastação do estofo social.
Outro fator prejudicial, aliás, é a falta de iluminação em toda a cidade, principalmente nos bairros periféricos, e em ruas que possuem escolas com aulas noturnas, facilitando assim a ação dos meliantes que se aproveitam para praticar os assaltos e, conseqüentemente, dificultando a vida dos estudantes que por muitas das vezes desistem dos estudos por conta do medo em ir ou voltar às aulas.
“Quando saio de casa, deixo relógio, pulseira, levo pouco dinheiro e deixo a carteira em casa pra poder ir à escola. Em dias de show na cidade, só saio em grupo com amigos. Assim o risco de ser assaltado é menor”, diz Flávio Henrique dos Santos, 21.
Na avenida Vieira de Brito, uma da mais movimentadas do município, que liga Palmeira dos Índios a Arapiraca, os empresários da região alegam falta de ronda policial e a falta de uma guarda municipal, e afirmam que fazem um considerável investimento para a contratação de empresas de segurança particular, para poderem ter mais tranqüilidade na proteção de suas empresas. Grande parte da população está tomando a mesma iniciativa na contratação dessas empresas, só que vão mais além, contratam até para a rua de suas residências.
“Acho que resta a população exigir ter uma guarda municipal, saber para onde estão indo os impostos e cobrar um policiamento que, efetivamente, seja bem distribuído para poder garantir segurança 24 horas por dia, em toda a cidade”, revela um empresário que prefere não ser identificado.
E agora José?







