Reservatórios: Sertão ganha cisternas para abastecer as famílias

23/04/2010 05:47 - Interior
Por Redação
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Seu Paulo Cabral, 50 anos, casado e pai de quatro filhos. Erivaldo Gregório, 35, solteiro, pequeno pecuarista. Nesta quarta-feira (21), a realidade de ambos foi igualada à de outras mil famílias do Semiárido alagoano. É que nesta quarta, o governo de Alagoas, por meio de parcerias com o governo federal e associações comunitárias, entregou cerca de 1.040 cisternas no povoado Pé de Serra, em Major Izidoro.

No total, serão construídas 1.500 reservatórios de água da chuva com recursos da União e governo do Estado, porém com um aporte de US$ 15 milhões oriundos da Agência Espanhola de Desenvolvimento (Aecid), outras 10 mil cisternas serão construídas. Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas, com este número de cisternas, a demanda por reservatórios de água no Sertão e Agreste de Alagoas será sanada.

Com a medida, o governo de Alagoas instala uma cisterna em cada residência do Semiárido alagoano. “A água no Sertão ganha uma significação maior do que em qualquer outro lugar do mundo”, enfatizou o governador Teotonio Vilela.

Voltando aos nossos personagens, seu Paulo Cabral ganhou em dezembro de 2009 uma cisterna de 16 ml litros. Na casa dele, sua mulher e suas três filhas usufruem da água para beber, tomar banho, cozinhar, lavar roupa e demais afazeres domésticos.

Antes da chegada da cisterna, seu Paulo ou andava 2km para pegar água no açude mais próximo, ou pagava R$ 5,00 por galão de 5 litros, transportado pelos carroceiros da região. “Hoje está bom demais, nem se compara”, comemorou.

Já Erivaldo Gregório, o galego de Dois Riachos, vive na casa de seu irmão e viu o sofrimento dele ter fim com a falta de água na região. Com a liberação de novas cisternas - já estão construídas 1.040, outras 460 estão em construção e devem ser entregues em breve -, Erivaldo pode ver uma cisterna na casa da família.

“Com a água acumulada na cisterna, dá para suportar um ano. É saber racionar e continuar vivendo”, afirmou ‘Galego’, como é conhecido.

Teotonio não esqueceu que apenas as cisternas não matam a sede do sertanejo, porém, segundo ele, garantem o abastecimento familiar do povo do Sertão. “É o mínimo que podemos oferecer. Com a água, vem o desenvolvimento da região e assim Alagoas vai junto”, frisou o governador.

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