Roberto Gonçalves
 

A morte do ex-vice-governador Geraldo Sampaio consternou a cidade de Palmeira dos Índios sua terra natal e de toda a sua família. O prefeito do município James Ribeiro (PSDB) lamentou a morte do político e empresário e decretou luto oficial por três dias.
Após ser velado no Parque das Flores em Maceió o corpo seguirá para Palmeira dos Índios onde será velado em sua residência e onde seu pai e a família o ex-vice governador Juca Sampaio residiu por toda a sua vida na Avenida Governador Muniz Falcão. O sepultamento será as 17H. desta segunda-feira, 12, no cemitério de São Gonçalo em Palmeira dos Índios.
 

Quem foi Geraldo Sampaio

Nascido em Palmeira dos índios, onde seu pai e seu irmão, Gileno, foram prefeitos, Geraldo Sampaio iniciou-se na vida pública em 1954, como deputado estadual pela UDN. Ao final de seu mandato, foi indicado pela Assembléia Legislativa Conselheiro do Tribunal de Contas, nos termos do que prescrevia a Constituição do Estado.

Em 1963, tal como permitia a Constituição Federal, como deputado federal pelo mesmo partido, integrou a representação alagoana em Brasília. No pleito de 3 de janeiro de 1965, candidatou-se a governador pelo Movimento Trabalhista Renovador, fundado por Fernando Ferrari, num pleito em que nenhum dos candidatos logrou obter maioria absoluta, como exigia o art. 2º da Emenda Constitucional nº. 13, de 8 de abril do mesmo ano.

Com o fim da intervenção federal decretada em face do art. 4º da mesma Emenda, e em face do Ato Institucional nº. 2, deu-se a eleição indireta pela Assembléia, sendo escolhidos Lamenha Filho governador, e Juca Sampaio, vice-governador, cargo que seu filho Geraldo veio a ocupar na eleição de 1998.

Afastado das lides políticas, na qualidade de membro do Tribunal de Contas, cujos impedimentos a Constituição de 1967 tornou idênticos aos dos magistrados, Geraldo Sampaio não abandonou a vida pública, tendo articulado e participado da eleição de seu irmão José Sampaio, eleito em 1970 o deputado federal mais votado de Alagoas.

Quando começaram a soprar os primeiros ventos da redemocratização com as famosas “16 derrotas que abalaram o Brasil”, foi o momento de retomar a vocação interrompida. Na eleição de 1982, viabilizou as candidaturas oposicionistas que seriam o embrião das mudanças que mais tarde viriam a ocorrer no cenário político alagoano, as de José Costa e José Moura Rocha, ao governo e ao senado, pelo PMDB, depois de se recusar a assumir ele mesmo a condição de candidato.