Nesta terça-feira, 16, a cidade terra natal do mestre escritor internacional, Graciliano Ramos, comemora sua festa de aniversário com uma vasta programação cívica, inclusive com desfile escolar; além de um verdadeiro festival de apresentação folclórica e findando com um show musical em praça pública.
Mas o grosso do evento, segundo o prefeito Marcelo Lima, é a comemoração do centenário de existência do grupo de maracatu “Nêga da Costa”. É que segundo o prefeito, esse grupo é considerado hoje, um dos mais ativos da cultura afro-brasileira presente no Nordeste, sobretudo resistido as dificuldades impostas pelo mundo moderno.


Suas origens


O histórico de Quebrangulo diz que os índios Xucurus (junto com os Cariris, de Pernambuco) foram os primeiros habitantes da região, então povoado de Vitória por conta da proximidade com as terras da serra de Palmeira dos Índios. Da influência dos quilombos, também instalados no povoado, resultou a denominação do município, que significa, na gíria dos negros, "matador de porcos", representando o excelente desempenho do chefe do quilombo em caçadas na época.
A freguesia foi criada pela lei 301. Em 1872, já elevada à Vila, foi desmembrada de Viçosa, sendo extinta anos depois. Apenas em 1910, Quebrangulo retornou à condição de cidade.
No início de seu desenvolvimento, o município passou por grandes dificuldades por conta das lutas travadas entre as famílias da cidade, aplainadas por influência do Frei Caetano Messina, também responsável pela construção da matriz de Bom Jesus dos Pobres, padroeiro de Quebrangulo.