Gilvan Barros dispara: Francisco Tenório pediu seu mandato e de Artur Lira para colocar \'laranja\' e um irmão na ALE

03/12/2009 03:17 - Política
Por Redação
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O pedido de cassação do mandato dos deputados estaduais Gilvan Barros e Artur Lira, feito pelo presidente do PMN e deputado federal, Francisco Tenório ainda depende da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), onde os acusados de infidelidade partidária terão que se defender e prometem fazer revelações bombásticas sobre os reais motivos das desavenças dentro e fora do partido.

A Resolução 22.610/07 do Tribunal Superior Eleitoral prevê que a desfiliação partidária sem justa causa é motivo para perda de cargo eletivo e apenas aponta a incorporação ou fusão do partido, a criação de novo partido, a mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário e grave discriminação pessoal para que a saída aconteça sem a cassação do mandato.

Mas, Tenório é acusado por ambos os deputados de ter feito o pedido por motivos pessoais, já que eles não teriam cedido ás pressões e determinações feitas no PMN e ainda, pelo presidente do partido querer beneficiar pessoas de sua confiança com a saída dos supostos “infiéis”, da Assembléia Legislativa (ALE).

O deputado estadual Gilvan Barros explicou que ao sair do PMN entrou com uma ação de justificativa, por considerar seus motivos consistentes e pelo fato das exigências de Francisco Tenório à frente do partido serem absurdas. Ele ressaltou que além disso, sofreu discriminação pessoal e não foi informado sobre reuniões importantes e decisivas para o cenário político alagoano.

 “Me antecipei com a ação, porque o presidente do PMN não usa a democracia e não é a favor de uma política livre e soberana. Ele age como se fosse um delegado na época da ditadura, pois os modernos são respeitáveis. Não preciso dizer o que ele fez pra eu querer sair, todos os demais deputados que participaram de uma reunião, enquanto eu estava viajando e nem fui comunicado, sabem. Mas, eu tomei conhecimento pelos outros e só vou citar isso durante minha defesa no processo ”, explicou Barros.

Ele informou que decidiu sair do partido mesmo sabendo dos riscos e ainda, que preferiria perder o mandato a se submeter ás exigências de Tenório. “Desconfiei do pedido de cassação, porque mais quatro pessoas pediram a desfiliação e ele só perseguiu duas. Acredito em Deus e na justiça do meu Estado. Se fosse o presidente do PMN que me julgasse estaria fora, mas não é ele que decide isso. A intenção é colocar um laranja e seu irmão na minha vaga e na do Artur Lira. Meus motivos permitiram que eu saísse sem perder o mandato”, reforçou.

O deputado estadual destacou que os partidos políticos não devem ser considerados propriedade particular nem empresas, onde o presidente manda e desmanda. “O partido é uma instituição a qual as pessoas se filiam para disputar e concorrer a cargos eletivos. Até em Água Branca, que é um município afastado de Maceió as pessoas sabem o que o Francisco Tenório estava cobrando de nós”, disse Barros.
 

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