Fim de anistia no Paquistão pode levar caos ao país

28/11/2009 09:33 - Política
Por Redação

O caos político ameaça o Paquistão após o vencimento, neste sábado (28), de uma anistia por crimes de corrupção que protege o presidente Asif Ali Zardari, seus principais aliados e vários ministros.

A Ordem de Reconciliação Nacional (NRO na sigla em inglês) foi promulgada em outubro de 2007 pelo então presidente do país, general Pervez Musharraf.

O decreto de Musharraf suspendeu as acusações de corrupção contra a ex-premiê Benazir Bhutto, que foi assassinada dois meses depois, o marido dela, Zardari, e outros políticos, em um aparente gesto de reconciliação para prolongar seu governo militar.

Mais tarde, o Partido do Povo do Paquistão de Zardari venceu as eleições de fevereiro de 2008, devolvendo o poder aos civis em um país governado pelos militares durante a maior parte de sua existência.

Zardari, que passou vários anos preso por corrupção e é conhecido como "senhor 10%", tem que lidar agora com o problema de prorrogar a anistia, além das principais questões de seu governo: a luta contra a violência do Taleban e a recessão econômica.

Após protestos nacionais, em março, o governo de Zaradari se viu obrigado a restituir os juízes independentes que haviam sido destituídos por Musharraf.

O governo de Zardari é considerado muito frágil para convencer o Parlamento a votar uma prorrogação da anistia.

Alguns analistas acreditam que Zardari só conseguirá prosseguir no poder se revogar a emenda 17 da Constituição aprovada no governo Musharraf, que dá ao presidente o poder de dissolver o Parlamento e demitir o primeiro-ministro.

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