Sindicato pede desculpas por atitude de presidente envolvido em confusão

31/08/2009 07:06 - Interior
Por Redação
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O Sindicato dos Servidores Municipais de São Miguel dos Campos (Simesc) enviou uma nota com pedido de desculpas referente à atitude do presidente da entidade, Aldo Sobreira, que se envolveu numa confusão durante as finais dos jogos do Campeonato Miguelense de Futsal. Sobreira é integrante da guarda municipal da cidade.

Veja a nota

Vimos através desta, pedirmos desculpas a toda sociedade miguelense, a todos jovens, crianças e familiares que estavam prestigiando este importante evento no momento deste lamentável ocorrido.

Reconhecemos a luta do nosso Presidente Aldo Sobreira junto a esta Entidade, desde sua criação, a posturas tomadas, muitas vezes criticadas pela população que não sabiam os reais motivos, onde a qual sempre buscou melhorias no Serviço Público, como reajustes salariais, insalubridades, férias, perseguições, assédios morais, sempre dentro dos trâmites legais. É em nome de tudo isto, que o SIMESC (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Miguel dos Campos) vem a público repudiar as atitudes de nosso Presidente. Não podemos misturar a Entidade composta por diversos Diretores, todos os homens de bens e respeitáveis funcionários públicos com atitudes desrespeitosas tidas pelo Sr: Aldo Sobreira juntos as autoridades presentes no local. Sempre tivemos grandes parceiros como: SINDJUS - Sindicato da Justiça Federal, MPE - Ministério Público Estadual, MPT – Ministério Público do Trabalho, SINPOFAL - Sindicato da Policia Federal, SINTSEP – Sindicato dos Servidores Públicos Federais, SINDPOL – Sindicato da Polícia Cívil, FORÇA SINDICAL, entre outros.

E a todos deixamos aqui nosso pedido de desculpa, pois a bandeira de luta desta Entidade impetrada pelo próprio Presidente Aldo Sobreira e todas estas Entidades, sempre foi buscar uma luta justa e honrada, respeitando sempre em 1º lugar a Justiça.
Agradecemos a seus companheiros de Farda da Guarda Municipal – GOE, por tentar várias vezes acabar com este episódio lamentável, ao Vereador Élson por também intervir no momento, ao Major Nielson Souza que foi humilde mesmo quando desacatado, não exerceu de forma arbitrária contra sua pessoa, ao Exº. Deputado Paulão, também deixamos nosso pedido de desculpas, o mesmo estende-se ao Sr. Cícero Mauro conhecido como Cícero do PT, e a nossa Brilhantosa PM que segundo relatos de terceiros o haviam espancado, e o mesmo estaria preso. Sabemos do respeito dos Senhores por nossa Entidade e que os policiais que destacavam no momento, em nenhum momento o espancaram e nem o prendê-lo, apenas o retiraram do local para que o mesmo se acalmasse e fosse assim para casa. Ressaltamos ainda que imobilizar não é o mesmo que espancar. Imobiliza-se uma pessoa, quando queremos evitar contato físico, uso em excessivo de violência,entre outros, isto mostra uma PM preparada psicologicamente e que sabe intervir nos momentos de pressão e que a mesma sempre procurou estabelecer os ânimos, dentre os envolvidos. Esta Entidade exige de seu Presidente que venha retratar-se publicamente através dos Órgãos de imprensa, como forma de humildade a todos os envolvidos dentre eles o Dep. Paulão, o Major Nielson Souza representando toda a Guarda Municipal, ao Vereador Élson, e a PM- Polícia Militar.

O Caso

Aldo Sobreira teria chegado ao local ainda antes do início dos jogos e teria abordado várias vezes o Major Nielson Souza, diretor da Guarda Municipal de São Miguel, querendo saber por qual motivo o major teria colocado falta em seus dias de trabalho.

A confusão teve início quando o sindicalista tentou, com um celular, tirar uma foto do deputado estadual Paulão, que estava no local prestigiando o evento. Nesse momento um ex-assessor do deputado, Sr. Cícero Mauro, conhecido popularmente por Cícero do PT, tentou impedir, alegando que Aldo queria tumultuar o local.

Cícero do PT ainda empurrou Aldo que mesmo assim gritou algumas palavras para o deputado e mais uma vez tentou tirar a foto, algumas pessoas tentaram amenizar a confusão e retirar Cícero do local, foi quando Aldo o agrediu com uma tapa nas costas. Cícero reagiu e gerou uma grande confusão, fazendo com que o jogo fosse interrompido. Vários guardas municipais chegaram rapidamente e tentaram retirar Sobreira que não quis sair e voltou a agredir Cícero com tapas. Policiais da PM conseguiram controlar Cícero e Aldo e o retiraram do local, mas a confusão já estava formada.

Mesmo sendo colocado pra fora do ginásio a forca, Aldo tentou retornar e após uma discussão com o Major Nielson e um pedido do vereador Elson, o major entendeu que Sobreira deveria voltar para continuar assistindo o jogo, mas pediu que ele evitasse gerar outra confusão.

Como se não bastasse, Sobreira retornou ao local de início da confusão e mais uma vez o tumulto se iniciou, paralisando o jogo novamente.

Policiais Militares que já vinham acompanhando Aldo tentaram conter os ânimos e uma grande briga teve início. “Foi necessário usar a força para conter o sindicalista, não tivemos outra opção a não ser imobilizar ele”, alegou um dos militares.

Aldo foi retirado do ginásio detido pela PM e ficou imobilizado por mais de 30 minutos para não gerar mais confusão. Os militares alegaram não poder soltá-lo temendo que ele voltasse a causar outra confusão. “Nos entendemos que em finais de jogos acontecem brigas mas o caso aqui é outro, trata-se de uma confusão política, esse rapaz quer mesmo é gerar tumulto e aparecer, o estado de embriagues dele é visível, não temos outra opção a não ser detê-lo até que ele se acalme”, esclareceram os militares que contiveram Aldo.

“Eu acho que o procedimento seria levar ele e fazer exame de corpo delito, pra depois não alegar que foi espancado pela PM, depois levar ele pra fazer exames de sangue para comprovar o estado de embriagues que ele se encontra”, falou o secretário de esportes Miguel Arcanjo. “Essa atitude do Aldo é negócio de maloqueiro, nós nos esforçamos pra fazer uma festa bonita, organizada e vem esse rapaz embriagado pra querer acabar com a festa dos desportistas miguelenses”, falou indignado Arcanjo.

O Major Nielson, que também é chefe de Aldo na guarda municipal, esclareceu que o procedimento a ser tomando seria a detenção de Aldo para a delegacia regional e que a PM apenas aguardava a chegada de uma viatura para levá-lo.

Com o acalmar dos ânimos, o major voltou a conversar com Aldo, que chorando pediu desculpas ao major pelo que tinha feito e falou que já estava mais calmo. “Ele me pediu chorando que não o levasse pra delegacia, me pediu desculpas e disse que isso não iria acontecer mais e reconheceu seu estado de embriagues. Eu entendi a situação dele e esperei que ele se acalmasse mais para levá-lo pra casa”, esclareceu o major. “Fui levá-lo pessoalmente em casa em uma das viaturas da guarda acompanhado de outros guardas e pedi a ele que repensasse suas atitudes”, finalizou o major.

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