Os 19 municípios prioritários para redução dos casos de dengue em Alagoas, estiveram reunidos nesta segunda-feira (31), com o objetivo de traçar novas diretrizes para o enfrentamento da doença, principalmente pela chegada do período epidêmico, que ocorre entre os meses de outubro a maio. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) apontam que, juntos, esses municípios contribuem com 80% dos casos registrados em Alagoas. Desse número, 55,71% ocorrem em Maceió.

A diretora estadual de Vigilância Epidemiológica, Cleide Moreira, apontou o fato de Alagoas ocupar a quarta posição nacional em densidade demográfica, como sendo preocupante. “Por se tratar de uma doença de característica urbana, esse fator termina contribuindo para a proliferação do mosquito vetor. Hoje, 100% dos municípios alagoanos possuem registros da doença”, informou, chamando atenção para o crescente número de jovens e crianças afetados pela dengue.

Segundo o boletim epidemiológico apresentado na oficina, as ações realizadas contribuíram para uma redução dos casos notificados de 68% em relação ao ano passado. Já a dengue em sua forma grave saiu de 464 em 2008, para 101 registros em 2009. Ainda de acordo com o boletim, no ano passado ocorreram 15 óbitos por dengue, enquanto este ano foi confirmada somente uma morte.

Cleide Moreira falou também da previsão da Organização Mundial de Saúde (OMS), estimando que nos próximos anos 50 milhões de novos casos de dengue devem ocorrer no mundo, principalmente nos países tropicais como o Brasil, com possibilidade de 20 mil óbitos. Ainda na previsão da OMS, os custos ambulatorial e hospitalar para tratar esses novos casos, chegarão a U$ 1,8 bilhão.

Os municípios prioritários são: Barra de Santo Antonio, Barra de São Miguel, Marechal Deodoro, Paripueira, Penedo, Satuba, Coqueiro Seco, Delmiro Gouveia, Maceió, Maragogi, Messias, Palmeira dos Índios, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte, Santana do Ipanema, Teotônio Vilela, União dos Palmares, Arapiraca.