Juiz nega liberação de R$ 11 milhões para filha de milionário da Mega-Sena
Pouco mais de um ano depois do pedido, a Justiça do Rio negou a liberação de parte da fortuna do milionário Renné Senna, assassinado em 2007 em Rio Bonito, à sua filha, Renata Senna.
Ela, que é também a inventariante do processo e administra a herança, havia pedido R$ 11 milhões, alegando que se sentia ameaçada pelos responsáveis pela morte do pai e desejava sair do país.
O advogado da filha do milionário já adiantou que vai recorrer.
Renné ganhou cerca de R$ 52 milhões em 2006 e, em
seu testamento, a herança seria dividida em partes iguais entre
a única filha e a viúva Adriana Almeida, que é acusada de ser a
mandante do crime.
Adriana acusa Renata, também na Justiça, de não ser filha biológica do ex-lavrador.
O que diz a decisão
Na decisão, o juiz Marcelo Chaves Espíndola alega que “não há uma
prova sequer trazida a estes autos, nem mesmo um único indício,
que justifique o levantamento por conta de ameaças ou risco de
vida da requerente, conforme narrado no requerimento”.
No documento, ele diz ainda que o valor não seria
apenas para manutenção e subsistência de Renata, “que recebia
mensalmente a quantia de R$ 1.500 de seu pai quando vivo”. Por
isso, ele explica, não se trataria de pedido para levantamento
mensal de quantia, “mas verdadeira antecipação de partilha”.
Espíndola cita ainda que a decisão, num caso como
este de grande repercussão, poderia interferir em outras ações
que ainda não foram concluídas, como o processo criminal em que
Adriana
responde em liberdade e recorre da decisão de ir a júri popular.
Há ainda em curso uma ação de anulação do testamento, movida pelos irmãos de Renné, uma outra de reconhecimento de união estável entre a viúva e o falecido, e uma terceira em que Adriana questiona a paternidade de Renata.
Herdeira vai recorrer
Os bens do milionário foram bloqueados pouco depois de sua morte
e a Justiça libera, mensalmente, uma quantia para a manutenção
dos imóveis e pagamentos de empregados, mediante prestação de
contas.
“Ficamos muito perplexos com a decisão. Com
certeza vamos recorrer porque entendemos que a Renata tem o
direito a tudo o que o pai deixou pra ela”, disse o advogado
Marcus Rangoni.
Comentários
Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.
Carregando..