Juiz nega liberação de R$ 11 milhões para filha de milionário da Mega-Sena

14/08/2009 22:02 - Brasil/Mundo
Por carlinhos

Pouco mais de um ano depois do pedido, a Justiça do Rio negou a liberação de parte da fortuna do milionário Renné Senna, assassinado em 2007 em Rio Bonito, à sua filha, Renata Senna.

 

Ela, que é também a inventariante do processo e administra a herança, havia pedido R$ 11 milhões, alegando que se sentia ameaçada pelos responsáveis pela morte do pai e desejava sair do país.

 

O advogado da filha do milionário já adiantou que vai recorrer.

Renné ganhou cerca de R$ 52 milhões em 2006 e, em seu testamento, a herança seria dividida em partes iguais entre a única filha e a viúva Adriana Almeida, que é acusada de ser a mandante do crime.

 

Adriana acusa Renata, também na Justiça, de não ser filha biológica do ex-lavrador.

O que diz a decisão

Na decisão, o juiz Marcelo Chaves Espíndola alega que “não há uma prova sequer trazida a estes autos, nem mesmo um único indício, que justifique o levantamento por conta de ameaças ou risco de vida da requerente, conforme narrado no requerimento”.

No documento, ele diz ainda que o valor não seria apenas para manutenção e subsistência de Renata, “que recebia mensalmente a quantia de R$ 1.500 de seu pai quando vivo”. Por isso, ele explica, não se trataria de pedido para levantamento mensal de quantia, “mas verdadeira antecipação de partilha”.

Espíndola cita ainda que a decisão, num caso como este de grande repercussão, poderia interferir em outras ações que ainda não foram concluídas, como o processo criminal em que Adriana responde em liberdade e recorre da decisão de ir a júri popular.

 

Há ainda em curso uma ação de anulação do testamento, movida pelos irmãos de Renné, uma outra de reconhecimento de união estável entre a viúva e o falecido, e uma terceira em que Adriana questiona a paternidade de Renata.

 

Herdeira vai recorrer

Os bens do milionário foram bloqueados pouco depois de sua morte e a Justiça libera, mensalmente, uma quantia para a manutenção dos imóveis e pagamentos de empregados, mediante prestação de contas.

“Ficamos muito perplexos com a decisão. Com certeza vamos recorrer porque entendemos que a Renata tem o direito a tudo o que o pai deixou pra ela”, disse o advogado Marcus Rangoni.

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