Cinco quilos acima de seu peso, Thiago Pereira tenta buscar motivação para voltar à forma. Joanna Maranhão, sem rivais à altura no Brasil, também procura estímulos para melhorar seus tempos. Nesta quinta-feira, os dois dominaram as finais dos 400m medley do Troféu Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Thiago, depois de uma performance fraca nas eliminatórias, pensou em desistir, assim como tinha feito nos 200m peito. Mudou de idéea e entrou na piscina. Não chegou perto de seu melhor tempo, mas os 4m14s foram suficientes para render a ele o ouro, além de confirmar o índice para o Mundial de Roma. Joanna também garantiu seu lugar na competição europeia.
- Acabei indo bem além do que imaginava. Por causa do problema na mão, estou totalmente sem resistência. Já nos 200m eu estava muito cansado, mas acabei fazendo apenas um pouco mais de três segundos além do meu melhor tempo. Isso, para uma prova de medley, é muito pouco - disse o nadador.
Thiago se recupera de uma fratura na mão esquerda. Está pesando 88kg. Tinha nadado as eliminatórias em 4m25s92, bem acima de sua maior marca, o recorde sul-americano de 4m11s14. Nesta quinta, usou pela primeira vez o maiô Jaked, liderou e completou a prova com tempo abaixo do índice (4m17s73). Já o tamanho do maiô....
- Gostei muito do maiô, mas acho que precisava de um número menor. Ficou um pouco grande para mim. Acabou entrando ar - conta.
Diogo Yade e Henrique Rodrigues brigaram pela segunda colocação. Henrique aumentou o ritmo nos metros finais e garantiu a prata, com 4m18s93. Diogo completou em 4m19s70.
Joanna Maranhão, que já tinha o índice para o Mundial, confirmou com 4m40s01, um centésimo acima do recorde brasileiro, que pertence a ela mesma. Julia Siqueira fez em 4m53s75, e Larissa Cieslak em 4m57s07. A diferença para as adversárias preocupa a pernambucana.
- Eu queria fazer abaixo de 4m40s para bater o recorde sul-americano, mas gostei mesmo assim. Foi um tempo ótimo. É difícil baixar o tempo quando suas adversárias estão a uns 15 segundos de diferença. Não estou querendo desmerecer as meninas, mas é claro que, quando estou competindo lá fora, tenho muito mais motivação - disse Joanna.

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