O volante Cristian, do Corinthians, ainda terá que esperar algumas semanas para saber se será punido pelo gesto obsceno que fez na primeira partida da semifinal do Campeonato Paulista, contra o São Paulo, em 12 de abril.
Ontem, o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo, Ivaney Cayres de Souza, optou por anular o inquérito que apurava o caso. Um novo inquérito será aberto, mas ainda não há um julgamento marcado.
"Optei por esta anulação porque percebi que o inquérito estava com vícios. O auditor não estava presente na oitiva e prefiro que todas as partes estejam presentes para realizar o julgamento. Além disso, precisamos ouvir testemunhas", explicou Cayres, ao site "Justiça Desportiva".
Cristian causou polêmica ao erguer os dedos médios durante a comemoração do gol na primeira semifinal do Estadual. Seu julgamento, que aconteceria dias antes do duelo final contra o Santos, havia sido adiado a pedido do departamento jurídico do Corinthians.
Dias depois do ocorrido no estádio do Pacaembu, o delegado Antônio Carlos Barbosa, do 23.º DP, resolveu investigar o caso. O caso foi incluso no artigo 40 da Lei de Contravenções Penais, que prevê prisão de 15 dias a seis meses. Até agora, Cristian ainda não foi chamado para depor.
No âmbito desportivo, ele pode ser enquadrado no artigo 258 (Assumir atitude contrária à moral ou disciplina desportiva), que prevê pena de uma a dez partidas de suspensão. Tal punição só valeria para o Campeonato Paulista do próximo ano.