O Fla-Flu deste domingo vale muito mais do que uma vaga na final da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca. Apenas um deles vai seguir na luta pela hegemonia dos títulos cariocas - cada clube possui 30 troféus do Estadual do Rio.

Como o Botafogo venceu a Taça Guanabara (primeiro turno) e já está garantido na decisão da competição, não existe escolha: Flamengo e Fluminense precisam vencer para continuar sonhando com mais uma conquista regional. Em caso de empate na partida que começa às 16 horas, no Maracanã, a classificação será definida nos pênaltis.

Antes mesmo de a bola rolar, o clima já esquentou. O presidente do Fluminense, Roberto Horcades, tripudiou do rival e acirrou os ânimos. Em tom provocativo, disse na última terça-feira que o Flamengo é presa fácil toda vez que enfrenta o clube tricolor em finais.

As declarações do dirigente repercutiram mal na Gávea. O vice-presidente de futebol do Flamengo, Kléber Leite, contra-atacou. Disse que Horcades é que nem o Pelé, pois ?os dois só falam besteiras?.

Certamente, o técnico Cuca usará a provocação do cartola tricolor em sua preleção para motivar os jogadores rubro-negros. Nas Laranjeiras, nenhum atleta do Fluminense fez coro com Horcades. O discurso foi o mesmo: o presidente falou como um torcedor e todos ali respeitam o Flamengo.

Para se manter vivo na competição, o Flamengo terá de quebrar um tabu que tanto o incomoda. Ainda não venceu nenhum clássico na atual temporada. Empatou com o Botafogo e o Fluminense e perdeu por 2 a 0 para o Vasco. São três jogos de jejum. ?É a nossa última chance. Esse clássico nos levará ao céu ou ao inferno?, resumiu o lateral-esquerdo Juan.