Passadas as emoções do clássico das multidões, a reportagem do CadaMinuto entrou em contato com o árbitro Charles Hebert, que foi alvo de muitas críticas durante toda a semana devido a sua postura em relação ao andamento da partida que foi interrompida através da ação dos policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Segundo Charles Hebert, os nove dias de interrupção da partida, foram um dos piores momentos já vivenciados por ele na função de árbitro de futebol. “Foi o jogo mais prolongado da história do futebol. Passei todo este período pensando na seqüencia desta partida, foram dias de sufoco”, comentou o árbitro.

Hebert ainda disse que durante este tempo que a partida passou interrompida ele não recebeu ameaça e nenhuma pressão por parte dos dirigentes dos clubes interessados na conclusão do jogo.

De acordo com o árbitro da partida, o que aconteceu na primeira parte do clássico foi uma transferência de responsabilidade dos dirigentes, que sequer estavam se entendendo em campo, trocando acusações em relação ao atacante Júnior Amorim. Charles Hebert ainda aproveitou e criticou parte da imprensa esportiva. “Eu não entendo mais nada, quando tem um lance que a gente não mostra o cartão a imprensa diz que a gente agiu errado, quando nós mostramos eles (imprensa) dizem que nós agimos com rigor. Dá para entender?”, criticou.

Apoio

Durante a seqüência da partida deste sábado, vários árbitros estiveram presentes no estádio Rei Pelé para prestar solidariedade a Charles Hebert. “Recebi durante todo momento apoio dos meus amigos da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol (Ceaf), eles estiveram presente no estádio na intenção de nos dar apoio.

Além de receber apoio dos árbitros durante a partida, Hebert ainda disse que alguns jogadores do CSA quando entraram em campo também foram em sua direção para dizer que ele não teve culpa em nenhum momento pelo ocorrido na primeira parte do clássico.