Burocracia: A incrível saga da família que levou quatro dias para enterrar um filho

01/12/2009 04:16 - Interior
Por Redação
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Uma história absurda que mostra desrespeito total ao ser humano foi presenciada pela equipe do Cadaminuto que acompanha a saga da família do jovem Abraão Santos, 21 anos, morto a tiros no sábado em Coruripe.

A família do jovem que passava pela dor de perder um ente presenciou a falta de rabecões no Estado e ao ver terminado o trabalho do Instituto de Criminalística (Que também demorou bastante para chegar deixando o corpo do jovem exposto no local por várias horas) decidiu pagar o transporte do corpo por uma funerária.

Sem ser informado sobre quais procedimentos deveriam fazer, os familiares de Abraão levaram o corpo para Sergipe, onde a maioria da família reside e local de nascimento do rapaz, mas depois do velório o Cemitério não aceitou enterrar o rapaz por conta da falta do documento necessário do IML, já que se tratava de uma vítima de arma de fogo.

Não restou outra alternativa para a família que não fosse retornar no domingo para o IML de Arapiraca para que o procedimento correto fosse adotado,mas ao chegar a instituição a família descobriu que a guia não é liberada no domingo.

A família esperou até a segunda-feira com o corpo do rapaz, mas tiveram outra triste surpresa quando o funcionário do IML disse que não poderia fazer a necropsia, pois a morte do jovem tinha acontecido em Coruripe e a jurisdição seria do IML em Maceió.

Desesperada a família decidiu apelar para a imprensa, o caso ganhou repercussão em Arapiraca e após muita negociação um médico do IML decidiu enfim fazer o procedimento e liberar na noite de ontem o corpo do rapaz, que só deve ser enterrado hoje, se não houver mais problemas.
 

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