
O Brasil entrou no seu terceiro mês de pandemia, e além da tragédia de perdas humanas vivemos os efeitos econômicos devastadores da crise. Para debater o cenário econômico nacional e as respostas necessárias (e as que já estão em campo) para enfrentar esse enorme desafio, o senador Rodrigo Cunha convidou os economistas Felipe Salto, da Instituição Fiscal Independente (IFI) e o professor José Roberto Afonso, do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).
Ao longo de cerca de uma hora e meia os três falaram sobre as medidas de apoio a empresas e às famílias, sobre a situação das finanças públicas, sobre como os estados e municípios estão lidando com tudo isso, e como ficam os brasileiros que já estavam superendividado e agora tendem a ter sua situação ainda mais agravada.
O economista Felipe Salto destacou que dada a gravidade do momento, o Estado não terá como fugir de aumentar sua dívida para oferecer uma ampla agenda de apoio à população e ao empresariado. Ele pontuou no entanto que embora o orçamento estimado pelo governo para combater a crise esteja na casa de R$ 600 bilhões, boa parte desse montante ainda não foi disponibilizada.
Rodrigo Cunha, que foi o mediador do debate, apontou que a crise exige ainda mais diligência com os recursos públicos, e que é preciso melhorar os controles e filtros para evitar fraudes nos recebimentos dos auxílios, como foram identificados em alguns casos. O senador lembrou que o Brasil tem hoje inteligência digital disponível para brecar a ocorrência de irregularidades.
O professor José Roberto Afonso concordou, e anotou que é urgente que haja a digitalização do Sistema Único de Saúde. Se essa realidade já estivesse posta, seria possível mapear integralmente, com o apertar de um botão, os leitos ocupados da rede pública em todo o território nacional, o que sem dúvida melhoraria enormemente a gestão da pandemia.
Ele aproveitou para elogiar o papel do Legislativo no enfrentamento da crise. Os dois economistas também destacaram a atuação do senador Rodrigo, que vem agindo fortemente para remediar a situação das famílias e dos empresários.
Recentemente ele apresentou um Projeto de Lei para reduzir as taxas cobradas pelos bancos. Em outra frente, propôs emenda ao Projeto de Lei 1166/20 que fixa teto de juros para a concessão de créditos e vem atuando pela aprovação do PL 3515/15, que prevê mecanismos de prevenção ao superendividamento das famílias.
O encontro virtual com os economistas foi realizado pelo canal do senador Rodrigo Cunha no Youtube.
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