O governador Paulo Dantas fez o que dele se espera, num momento como esse, em que a PF realiza mais uma operação contra o desvio de dinheiro público: cumpriu a determinação da Justiça e afastou o secretário Gustavo Pontes de Miranda, da Saúde.
O fundamental é que se sabe que a Sesau é uma pasta que tem muitos donos e ele, Gustavo Pontes de Miranda, sabe de todos eles, inclusive o que cada fazia. Seriam, pelo menos, quatro privilegiados a mandar e desmandar por lá.
As histórias que correm nos bastidores, inclusive entre parlamentares ligados ao Palácio, são muitas e graves – e não são de agora.
Quem negocia com os credores?
Quem escolhe as empresas que prestam serviço e vendem para a secretaria?
É tudo dentro da lei?
Tem troco?
Há uma organização criminosa atuando para desviar o dinheiro da população?
É bom destacar: o rombo apontado – do pobre do dinheiro público – é de mais de R$ 100 milhões.
Mas o que se sabe – o grande público, o mais prejudicado – ainda é muito pouco para o tanto que se fala e se conta nos corredores do poder local: jogo bruto, pesado, de arrancar pela goela. (Conta-se, nos bastidores, a história de um apartamento que virou presente.)
O que há de verdade ou de fofoca, a Polícia Federal (Gestapo?) pode esclarecer, mas não creio que sejam os boatos que geraram o inquérito policial.
Aliás, a PF é a única instituição brasileira com competência e independência para ajudar a limpar o câncer – Estágio IV - da corrupção nas instituições públicas.
Não por acaso, há um movimento entre governadores e parlamentares “durões” que querem vê-la com cabresto e obedecendo ordens de gente sem escrúpulo.
Com a palavra o secretário Gustavo Pontes de Miranda.










