Os Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL) atendeu 72 incêndios em vegetação nos primeiros dez dias da Operação Verão, o equivalente a um aumento de 80% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 40 ocorrências.
Apesar do período entre novembro e janeiro historicamente concentrar mais casos e reunir condições climáticas favoráveis à propagação do fogo, por conta das ondas de calor, baixa umidade e ventos fortes que tornam a vegetação mais vulnerável, facilitando a expansão das chamas, o crescimento preocupa a corporação.
Os incêndios em vegetação, também conhecidos como queimadas florestais, representam riscos para a saúde pública, além de riscos ambientais e sociais.
“A maior parte das queimadas tem origem humana, seja por ações criminosas, seja por atitudes negligentes, como queima de lixo, descarte de bitucas em áreas secas, soltura de balões ou fogueiras mal apagadas. Causas naturais, como raios ou o efeito lupa provocado por objetos de vidro, são menos frequentes”, informou a assessoria.
As técnicas para o combate são específicas e variam conforme o terreno e a intensidade do fogo. Água com mangueiras de alta pressão e tanques, ferramentas manuais, como abafadores, enxadas e pás, são alguns dos meios utilizados pela corporação, além da criação de aceiros, que ajuda a bloquear a propagação das chamas. O contrafogo somente é aplicado por equipes especializadas devido ao alto risco.
Operação Verão
A Operação Verão iniciou no dia 1º de dezembro e segue até 1º de março de 2026. Nesse período, os Bombeiros intensificam a atuação em todo o estado para atender ocorrências típicas da época, como casos de afogamento e incêndios, priorizando áreas de maior demanda.
“Em caso de incêndio em vegetação, a orientação é acionar imediatamente o 193 e não tentar combater grandes focos. A recomendação é afastar-se da área, evitar inalar fumaça, retirar materiais combustíveis próximos a residências e buscar rotas contra o vento”, orienta a assessoria.
Medidas simples, como não descartar bitucas em áreas secas, não queimar lixo ou pasto, recolher vidro descartado irregularmente e manter máquinas em bom estado e aceiros de ao menos três metros em áreas rurais, ajudam a impedir a propagação das chamas.
*Com Ascom CBMAL










