Ativistas e representantes de movimentos sociais realizaram um escracho em frente à sede da Braskem em Maceió, denunciando os impactos da mineradora e lembrando os cinco bairros afetados pelo afundamento do solo, que obrigou cerca de 60 mil famílias a deixarem suas casas devido à exploração de sal-gema.
A ação aconteceu na manhã deste sábado (15) e ocorre enquanto a empresa busca promover uma imagem de sustentabilidade na COP 30. O protesto marcou mais um capítulo na resistência contra os danos provocados pela Braskem em Alagoas.
Segundo os organizadores, a manifestação teve o objetivo de chamar atenção para a situação enfrentada pelas comunidades atingidas, que ainda lidam com desabamentos, remoções e prejuízos às suas moradias e à rotina de suas famílias.
“O discurso sustentável da empresa lá fora não apaga a destruição que ela causou aqui em Maceió”, afirmou o MST, movimento que participou da ação. “Não haverá silêncio enquanto a Braskem tentar mascarar seus crimes ambientais.”
O escracho em Maceió também se conecta a mobilizações nacionais e internacionais. Enquanto moradores locais denunciam os danos no solo alagoano, em Belém (PA), ativistas participam da Marcha Global pelo Clima, na Cúpula dos Povos.
Para os manifestantes, a luta por justiça ambiental passa pelo enfrentamento dos impactos do modelo capitalista sobre comunidades vulneráveis.
Entre faixas e cartazes, os participantes reforçaram a memória das famílias atingidas e reiteraram a cobrança por reparação integral, responsabilização da empresa e adoção de medidas eficazes para prevenir novos desastres.


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