Nesta sexta-feira, 24, alguns sites de notícias de Alagoas, entre eles o Repórter Maceió, publicaram uma ampla matéria sobre um caso inusitado que vem ocorrendo em Arapiraca. Trata-se do Partage Arapiraca Shopping, onde uma bronca pesada que já está na justiça, retrata um caso de taxas condominiais altíssimas sem nunca os comerciantes terem tido acesso a orçamentos ou relatórios claros. O nosso Blog aguarda uma posição dos acusados, visto que não conseguimos falar com ninguém responsável, a fim de retratar sua versão. O conteúdo da matéria, agente descreveu de forma compactada, conforme trechos abaixo.
O sonho de modernização do Shopping Pátio Arapiraca se transformou em pesadelo financeiro. Cansados de prejuízos e da falta de transparência, lojistas estão na Justiça contra o condomínio e a administradora (grupo Partage), alegando que estão pagando por despesas particulares da holding e executivos, totalizando mais de R$ 40 milhões em valores impugnados.
A Acusação central: Contas ocultas e desvios
Lojistas afirmam que, de 2019 a 2024, pagaram taxas condominiais altíssimas sem nunca terem tido acesso a orçamentos ou relatórios claros. Mesmo após serem obrigados pela Justiça a prestar contas, os administradores entregaram mais de 8 mil páginas de documentos "indecifráveis", dificultando a fiscalização.
A bomba da auditoria: Despesas chocantes
Um relatório de auditoria independente, base da ação judicial, aponta "gastos abusivos, irregulares e desvios" nas contas do condomínio. Entre as irregularidades mais graves:
- Salários de executivos da holding: Mais de R$ 300 mil em salários, gratificações e férias de executivos que não teriam vínculo direto com o condomínio foram pagos com o dinheiro dos lojistas.
- Contratos suspeitos: Mais de R$ 3 milhões em consultorias sem contratos ou relatórios técnicos identificáveis.
- Conta de energia duplicada: Pagamento de R$ 75 mil/mês (cerca de R$ 900 mil/ano) a uma empresa de energia do próprio grupo (Partage Energia), enquanto outra prestava serviço similar por menos de R$ 3 mil mensais.
- Despesas alheias: Pagamentos a um shopping em Minas Gerais (Via Café Garden) e mais de R$ 200 mil em indenizações trabalhistas de funcionários que não seriam do condomínio.
O Impacto no comércio: Decadência e fechamentos
A "confusão" entre as contas do shopping (empreendedor) e do condomínio tem um reflexo direto no chão de loja:
- Sobrecarga dos lojistas: Com a inclusão de despesas particulares do empreendedor no rateio, o valor do condomínio dispara. Há casos de lojas que viram a taxa saltar de R$ 3 mil para quase R$ 9 mil.
- Vitrines fechadas: Corredores do shopping estão tomados por lojas vazias e placas de "aluga-se". Lojistas veteranos relatam que a cada fechamento, o custo da manutenção do espaço é dividido entre os que ficam gerando um ciclo vicioso de endividamento.
- Despejos: Comerciantes que não conseguem pagar os valores inflacionados estão sendo despejados e tendo contas bloqueadas por ações movidas pelo próprio shopping.
Os lojistas esperam que a Justiça de Alagoas determine a devolução dos valores cobrados indevidamente. O caso é visto como um precedente importante que pode redefinir o limite do que pode ser cobrado dos condôminos em shoppings centers por todo o país.
Aqui abaixo, está o link da matéria original que captamos no site Repórter Maceió










