A Vigilância Sanitária de Maceió (Visa) informou nesta quinta-feira (9) que uma cachaça pode estar relacionada à intoxicação de uma mulher de 43 anos, que apresentou náuseas, confusão mental e visão turva após consumir a bebida em um estabelecimento da capital.
A equipe de fiscalização esteve no local nesta manhã e apreendeu uma garrafa do produto, que foi encaminhada ao Lacen para análise. O restante da bebida foi mantido lacrado, e o nome e endereço do estabelecimento não foram divulgados.
A paciente, professora, deu entrada em um hospital particular na quarta-feira (8), um dia depois de ingerir uma caipirinha, e embora os sintomas indiquem intoxicação por metanol, o caso ainda é tratado como suspeito.
“Segundo informações dos nossos fiscais, a bebida alcoólica foi uma cachaça, já recolhida e a coleta encaminhada ao Lacen. O restante da bebida ficou lacrado dentro de uma garrafa”, disse o chefe da Vigilância Sanitária, Airton Santos, em entrevista ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara.
Santos destacou que as fiscalizações vêm sendo realizadas nos últimos 10 dias em parceria com a Semscs, Procon e Guarda Municipal, abrangendo a orla e diferentes regiões de Maceió, com apreensão de diversas bebidas artesanais. “A recomendação no momento é para não consumir bebidas destiladas de procedência duvidosa”, acrescentou.
Até esta quinta-feira, este é o único caso suspeito registrado em Alagoas. Em âmbito nacional, o Ministério da Saúde atualizou que já foram registradas 259 notificações de intoxicação por metanol, sendo 24 confirmadas e 235 em investigação, enquanto 145 suspeitas foram descartadas. Entre os óbitos, cinco foram confirmados em São Paulo e 11 seguem sob investigação em outros estados.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) orientou as Vigilâncias Sanitárias dos 102 municípios alagoanos a intensificarem as fiscalizações rotineiras em bares, restaurantes, supermercados e estabelecimentos similares, com atenção especial à procedência dos produtos oferecidos.
Aos consumidores, a recomendação é que adquiram apenas bebidas de fabricantes regularizados, com nota fiscal, evitando produtos de origem desconhecida ou sem comprovação de fabricação.
Por fim, a Sesau reforça que, diante do aparecimento de sinais ou sintomas sugestivos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas destiladas, a pessoa deve procurar imediatamente o serviço de pronto atendimento mais próximo.Acrescenta, por fim, que diante da ocorrência de sinais e sintomas sugestivos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas destiladas, deve-se procurar o serviço de pronto atendimento mais próximo.
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