Se Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, for candidato a presidente, o PP quer indicar o vice e obrigar diretórios estaduais e municipais a fazer oposição ao presidente Lula (PT).

O problema é que ministros e políticos com várias nomeações no governo não aceitam a decisão da cúpula, especialmente agora quando o petista recupera popularidade.

Na Caixa Econômica Federal, presidida por Carlos Vieira, a indicação é do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), expoente do Centrão, que controla o PP e o União Brasil em Alagoas.

O União Brasil, por exemplo, é outra legenda que decidiu pela saída dos seus representantes dos cargos do governo, o que também está gerando crise.

Aliás, ate mesmo a prometida federação partidária entre o União Brasil e o PP - batizada federação União Progressista - ainda não foi oficializada por causa de desentendimentos.  

O motivo principal é que vários deputados e senadores dependem da relação com Lula para as eleições de 2026.

O racha é imenso. Certamente Arthur Lira precisa, na disputa pelo Senado, ter um pé na canoa lulista e outro na canoa bolsonarista e não ter que ir pro vale-tudo de ser oposição a um dos lados.

Será mais fácil do que querer saber uma importante questão nacional: “Quem matou Odete Roitman?”

Ou não?