Diretores e técnicos da Secretaria Municipal de Saúde de Alagoas (Cosems-AL) discutiram nesta segunda-feira (29) vasta pauta sobre saúde pública, que tem preocupado os gestores dos municípios alagoanos, a exemplo do absenteísmo (falta dos pacientes a consultas e a procedimentos médicos deixando as vagas ociosas). De acordo com o presidente do Conselho, Rodrigo Buarque, a perda para os municípios é expressiva, sendo necessária uma articulação mais direta com o Estado com o intuito de corrigir esta lacuna no Sistema de Regulação.

De acordo com ele, é importante esse entendimento por parte da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau), sobretudo porque o agendamento sendo manual, fica difícil o preenchimento das vagas em aberto e, com isso, os pacientes são marcados de última hora, logo não conseguem ser atendido em tempo hábil. O analista pré-vendas, João Carneiro, da Emprel (Empresa de Soluções), detalhou o sistema com foco na correção do absenteísmo. Na oportunidade, foram discutidos ainda sobre Vigilância em Saúde com as informações de interesse dos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), a exemplo da situação das arboviroses onde a Chikungunya, possui um aumento 501,90% quando comparada a Semana epidemiológica 1 a 38 esse ano com o ano anterior.

Na ocasião foi ressaltado o impacto da doença na qualidade de vida das pessoas e nos serviços de saúde, considerando que muitos pacientes permanecem com dores crônicas por semanas ou até meses após a fase aguda da infecção.  O cenário foi apresentado pela assessora técnica do Cosems-AL Kathleen Mora, que também expôs a queda dos casos da dengue e Zika em comparação ao mesmo período do ano passado. Outra pauta apresentada foi o cenário de risco nacional para os casos de sarampo, no país foram confirmados casos no Distrito Federal (1), Maranhão ( 1), Rio de Janeiro ( 2), São Paulo (1), Rio Grande do Sul (1) e Tocantins (22 casos).

Kathleen alertou também para os mais recentes casos notificados no Mato Grosso  (2).

No tocante ao panorama estadual do surto de doença meningocócica em Alagoas, Kathleen lembrou que o estado continua no cenário de alerta e relembrou a visita do Ministério da Saúde em Alagoas, recentemente, para avaliar a situação e dentre os avanços versus dificuldades elencados para o enfrentamento da doença estão a necessidade de diagnóstico precoce e tratamento em tempo oportuno; capacitação dos profissionais; plano de contingência atualizado, pensando na realidade da segunda macrorregião; e implementação do protocolo de sepse, tendo em vista os diferentes perfis e portas de entrada de assistência nos municípios alagoanos. Ela ressaltou que às quartas-feiras a sala de situação discute a atualização dos dados epidemiológicos na sede da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau).