Com objetivo de transformar talento em negócio, tradição em futuro e criatividade em impacto social e econômico, o Sebrae Alagoas deu início a um movimento inédito no fortalecimento da economia criativa: o Borogodó LAB, primeiro programa de incubação e aceleração voltado para artesanato, moda e design alagoano.
O programa busca valorizar a identidade cultural alagoana e, ao mesmo tempo, preparar os artesãos para os desafios do mercado, com foco em gestão, inovação e sustentabilidade. Serão oferecidas formações, mentorias especializadas, conexões de mercado e acompanhamento individual e coletivo, garantindo que cada marca participante seja apoiada de acordo com suas necessidades específicas.
“Estamos diante de uma experiência única no Brasil. O Borogodó LAB é um piloto que nos permitirá criar uma metodologia própria, adaptada ao universo do artesanato e da moda. O programa acompanha desde a gestão da empresa até o reposicionamento de marca, preparando os artesãos para conquistar novos mercados e ampliar sua competitividade”, afirma Marina Gatto, analista do Sebrae Alagoas.
De onde veio o Borogodó LAB?
O programa nasceu a partir do Borogodó Talks, evento realizado em parceria com o Sebrae, voltado exclusivamente para mulheres. “A primeira turma é formada apenas por mulheres artesãs. A ideia é validar, dar visibilidade e preparar essas marcas para se posicionarem no mercado com mais competitividade e valor. Estruturamos o programa em cinco trilhas de conteúdo que vão do diagnóstico inicial à gestão financeira, passando pelo desenvolvimento de produtos, criação de coleções, inovação, marketing e branding. Tudo isso para que o artesanato alagoano se posicione no mercado com alto valor”, explica Andrelly Rocha, publicitária, especialista em branding e marketing, e uma das idealizadoras do projeto.
O programa iniciou sua primeira turma em agosto, com dez marcas de artesanato, de mulheres empreendedoras atendidas pelo Sebrae. A metodologia utilizada é fruto da parceria com o Instituto do Bem Estar Social e Cultural – Ibesc, e foi especialmente adaptada para potencializar o setor artesanal em Alagoas. O cronograma segue até dezembro, com encontros presenciais e atividades online.
Além de mentorias técnicas, o Borogodó LAB prevê ações colaborativas, como o desenvolvimento de coleções coletivas, integrando moda, design e artesanato, para abrir novos caminhos de inovação e inserção no mercado.
Marias com Borogodó
Para quem está participando, o programa já começa a gerar impacto. “Participar do Borogodó LAB está sendo transformador para a nossa marca. Estamos passando por um verdadeiro despertar, revendo desde a gestão financeira até o posicionamento de produto e de mercado. O programa aponta caminhos para inovar e crescer de forma estruturada. Também foi a primeira vez que paramos para pensar a marca dentro do contexto da moda e do design criativo, algo que nunca tínhamos considerado”, afirma Tamara Albuquerque, criadora da marca As Marias.
Um espaço de experimentação
O Borogodó LAB nasce também como um laboratório de experimentação. Mais do que capacitar, o programa estimula o empreendedorismo criativo, aproximando artesãos de especialistas em moda, design e gestão. Nesta primeira fase, o renomado consultor, referência em moda e artesanato, Antonio Castro, integra a equipe de mentores, ampliando a relevância da iniciativa.
Com encontros previstos até o fim do ano, o Borogodó LAB pretende se consolidar como um modelo de incubação e aceleração do artesanato, servindo de referência para futuras edições e fortalecendo a posição de Alagoas no cenário da economia criativa nacional.