Um adolescente de 13 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi vítima de violência sexual após sair de casa e entrar no carro de um homem que o aguardava na porta do condomínio onde mora, no bairro da Serraria, em Maceió. O caso ocorreu na última segunda-feira (15) e está sendo investigado pela Polícia Civil de Alagoas (PCAL).
De acordo com a mãe da vítima, o suspeito conduzia um veículo modelo Polo, de cor prata e placa TNL7G76. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o adolescente, acompanhado por um funcionário do residencial, segue até o carro e confirma que o motorista seria o pai. Em seguida, o trabalhador retorna ao prédio e avisa a mãe sobre a saída do garoto.
A mulher relatou que estranhou a descrição feita pelo funcionário. “Eu recebi a mensagem do porteiro de que meu filho tinha acabado de sair com o pai. Mas quem dirigia era um homem com barba e tatuagem. Me desesperei, pois o pai do meu filho não tem tatuagem. Imediatamente pedi para meu outro filho ligar para o pai, e ele disse que não estava com meu filho”, contou em entrevista.
Após cerca de uma hora, o adolescente retornou para casa chorando e revelou ter sido vítima de estupro. Além disso, ele apresentava ânsia de vômito e contou que foi abusado com toques e penetração.
Segundo a mãe, o suspeito já foi identificado e possui histórico criminal, incluindo duas prisões anteriores por armazenamento de pornografia infantil. Ele tem cabelo curto, pele morena, tatuagem no ombro esquerdo e barba.
Ações policiais
Em nota, a Polícia Militar informou que foi acionada para a ocorrência, inicialmente registrada como sequestro, mas confirmada como tentativa de estupro. O adolescente foi encaminhado ao Hospital da Mulher, para atendimento junto à Rede de Atenção às Vítimas de Violência (RAV). O suspeito não foi localizado.
Já a Secretaria de Estado da Segurança Pública comunicou que a investigação está sob responsabilidade da delegada Talita Aquino, titular da Delegacia de Combate aos Crimes Contra Criança e Adolescente (DCCCA). As forças de segurança seguem em diligências para encontrar o suspeito.
A população pode colaborar com as investigações, repassando informações ao Disque-Denúncia 181. A ligação é gratuita e o sigilo é garantido.