Cuidar do Velho Chico é preciso. Por isso, no último dia 2, houve a eleição da nova mesa do Comitê da Bacia da Região Hidrográfica do Sertão do São Francisco (CBRHSSF), em Santana do Ipanema-AL, no campus da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), e a Mineração Vale Verde (MVV) assegurou novamente uma cadeira no Comitê, para seguir tendo vez e voz nesse processo de gestão de águas em nosso Estado.
Estiveram representando a empresa no local o coordenador de Meio Ambiente da MVV, Carlisson Romano, e o analista ambiental da MVV, Jaédson Oliveira.
O pleito eleitoral foi conduzido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), com a participação de diversos agentes e empresas participantes do Comitê.
A nova diretoria, que tomará posse em breve, é composta pelo secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Inhapi, Reginaldo Souza, como presidente do colegiado; Fábia Vieira, secretária de Meio Ambiente de Olivença, como vice-presidente; e Marluce Silva, integrante da Cooperativa de Crédito de Carbono Integral, Turismo Regenerativo, Energias Renováveis e Agroecologia Familiar do Bioma Caatinga e do Semirárido, como secretária.
PARCERIA CONSOLIDADA
Para o presidente reeleito Reginaldo Souza, o Comitê da Bacia Hidrográfica é de suma importância justamente por tratar dos recursos hídricos da região e do Estado, na questão das dinâmicas de interesses das partes envolvidas e do que preconiza o Parlamento das Águas (como são também conhecidos os CBHs).
“Ter a MVV como membro participativo do Comitê, é uma grande satisfação para nós. Até pelo fato de acompanhar junto as discussões e levantar propostas para que possamos, mediante essas propostas, fazer encaminhamentos aos órgãos competentes do Estado, visando resultados positivos para, de fato, executarmos projetos que virão a acontecer, se aprovados”, pontua ele.
Então, o Comitê tem essa incumbência: de estar à frente dos interesses desse nosso bem comum — a água.
“Vale salientar que a parceria do Comitê com a MVV já está consolidada. Já tivemos a oportunidade de nos reunirmos dentro da mineradora para tratar de assuntos pertinentes ao Comitê. E nessa gestão que se inicia, contaremos novamente com esse apoio para seguirmos construindo propostas e projetos que venham a ser benéficos a todos”, reforça o presidente Reginaldo Souza.
GRANDE RELEVÂNCIA
Como usuária da água oriunda do rio São Francisco, a MVV reconhece a relevância estratégica de sua participação no Comitê, ressaltando que recircula aproximadamente 90% da água utilizada nos seus processos internos de beneficiamento do minério de cobre.
“A empresa tem plena consciência de sua responsabilidade socioambiental e adota práticas voltadas ao uso sustentável da água, como é o caso da recirculação de água do processo operacional. Dessa forma, asseguramos que nosso trabalho é feito para que o recurso seja utilizado de forma racional, eficiente e em conformidade com as diretrizes de conservação do rio. A atuação da mineradora como membro do Comitê da Bacia possibilita à MVV contribuir ativamente para o debate de temas relacionados à preservação, ao consumo consciente e à gestão integrada dos recursos hídricos, além de acompanhar de forma próxima as deliberações que podem influenciar diretamente em seus processos operacionais, sobretudo, no que se refere à captação e ao uso da água. Estamos felizes em novamente integrar o Comitê”, diz Carlisson Romano, coordenador de Meio Ambiente da mineradora.
Segundo ele, foi feito pela MVV o convite aberto para a presidência do Comitê e demais membros, afirmando que o Centro de Educação Ambiental (CEA) da MVV, na Fazenda Uruçu, em Craíbas, estará sempre disponível para eventos do Comitê. No ano passado, em agosto, ocorreu plenária do CBRHSSF no local, havendo posterior visita institucional aos viveiros.
Nesse contexto, com lugar assegurado em uma das cadeiras do Comitê da Bacia, a MVV reforça a transparência dos seus processos para a gestão das águas por meio da sua presença no Comitê e reafirma seu compromisso em apoiar decisões que promovam o equilíbrio entre desenvolvimento econômico, proteção ambiental e qualidade de vida das comunidades que dependem do rio São Francisco.
PROCESSO ELEITORAL
Na eleição do Comitê de Bacia Hidrográfica são escolhidos dentre os habilitados, 40 membros titulares e seus respectivos suplentes, sendo 20 representantes do poder público que, prioritariamente, exerçam suas funções em unidades regionais localizadas na área de abrangência do CBH do Sertão do São Francisco, 10 instituições representantes da sociedade civil e das comunidades residentes na Região Hidrográfica e 10 instituições representantes dos Usuários de Água.
O segmento “Usuários de Água” é composto pelas seguintes categorias: Agricultura Irrigada e Pecuária; Abastecimento Público; Esgotamento Sanitário; Geração de Energia Hidroelétrica; Turismo; Lazer; Piscicultura e Pesca; e Indústria e Mineração — a MVV entra, portanto, neste último item.
Na representação da sociedade civil e representantes das comunidades residentes na Região Hidrográfica do Velho Chico, entre elas, estão ONGs, associações técnicas e científicas, instituições de ensino e pesquisa, cooperativas, associações de moradores, sindicatos, comunidades indígenas, organizações pastorais, clubes de serviço e outras. Ou seja, o debate é amplo e assegurado — algo essencial para os dias de hoje.
Vale salientar que as eleições foram realizadas em audiência pública na Uneal campus Santana do Ipanema, somente com votos a contar de entidades habilitadas e credenciadas.
SOBRE A MVV
A MVV atua nas atividades de exploração, mineração, beneficiamento e comercialização do concentrado de cobre no Agreste alagoano, em Craíbas. A empresa foi adquirida em abril de 2025 pelo grupo chinês Baiyin Nonferrous, que atua na mineração, fundição, processamento e comércio de diversos metais não ferrosos. O compromisso da MVV é trabalhar de forma segura, respeitando o meio ambiente e as comunidades, investindo em iniciativas que contribuem para o desenvolvimento do território.