Enquanto a Comissão de Amigos de Claudia Pollyanne mantém a cobrança por Justiça e a elucidação do assassinato, a família ingressou com uma ação judicial contra os empresários Guilherme Carvalho Filho e Rodrigo Rodas, pedindo uma indenização de R$ 100 mil. O caso foi divulgado nesta quarta-feira (10) pelo advogado Dr. Napoleão Lima Júnior.
Segundo o advogado, a Comissão de Amigos se pronunciará oficialmente sobre o assunto “em momento oportuno”. Em nota, o grupo reforçou que seguirá firme na mobilização para que todas as responsabilidades pelo crime sejam apuradas.
“Não vão nos calar. Continuaremos pedindo a investigação de cada pessoa envolvida, bem como a apuração da responsabilidade direta ou indireta no assassinato de Claudia Pollyanne. Doa a quem doer”, diz o grupo.
A Comissão de Amigos tem realizado visitas frequentes ao Fórum, ao Ministério Público, ao Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) e a outros órgãos competentes, com o objetivo de cobrar o avanço das investigações e a prisão dos envolvidos no crime.
O grupo também ressaltou que, até o momento, a família da esteticista não procurou estabelecer diálogo com seus integrantes nem se mobilizou de forma efetiva em relação ao assassinato.
Rodrigo é proprietário do Viva Alagoas e do Space Shopping, enquanto Guilherme atua no setor de comunicação, faz parte da comissão de amigos e mantinha amizade com Cláudia há cerca de 15 anos. Ambos são empresários da região.
Relembre o caso
A esteticista Cláudia Pollyanne morreu em 7 de agosto dentro de uma comunidade terapêutica para dependentes químicos em Marechal Deodoro, na Região Metropolitana de Maceió.
Ela foi vítima de insuficiência respiratória provocada por agressões e intoxicação medicamentosa, conforme apontou o laudo do Instituto Médico Legal (IML).
O exame constatou lesões espalhadas pelo corpo em diferentes estágios, sugerindo que a vítima sofreu violência de forma reiterada. A análise toxicológica revelou a presença de antidepressivos, antiepilépticos, antipsicóticos, benzodiazepínicos e anti-histamínicos, substâncias que, combinadas, podem provocar coma, falência respiratória e morte.
Além do caso de Cláudia, a Polícia Civil investiga denúncias de maus-tratos envolvendo outros internos da instituição, incluindo agressões físicas, uso inadequado de sedativos e impedimento de contato com familiares.
Os donos da clínica foram presos, e o local interditado. O inquérito segue em andamento para apurar todos os detalhes da ocorrência.