A clínica de reabilitação onde a esteticista Cláudia Pollyanne, de 41 anos, foi brutalmente assassinada está sendo alvo de uma operação conjunta de órgãos de segurança pública e vigilância sanitária na manhã desta segunda-feira (25). O estabelecimento fica localizado em Marechal Deodoro, na Região Metropolitana de Maceió.
Durante a ação, serão cumpridos mandados de busca e apreensão, além da apuração sobre a situação de funcionamento da clínica.
Equipes da Polícia Civil, Instituto de Criminalística (IC), Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros e outros órgãos participam da operação. Técnicos do IC também devem realizar perícia no local.
Na última sexta-feira (22), a Polícia Civil prendeu o dono da clínica, encontrado escondido em um motel em Jacarecica, no Litoral Norte de Maceió. A esposa dele já havia sido detida no último dia 15.
Segundo a delegada Liana Franca, que conduz o inquérito, o laudo é compatível com os relatos de testemunhas e vítimas que denunciaram violências e abusos sexuais praticados pelos proprietários da clínica.
Ainda de acordo com a delegada, o documento reforça a suspeita de que Cláudia Pollyanne tenha sido submetida a violência extrema antes de morrer.
O caso
A esteticista Cláudia Pollyanne Faria de Santa’Anna, de 41 anos, morreu no último dia 9 de agosto em uma clínica de reabilitação localizada em Marechal Deodoro. A família registrou Boletim de Ocorrência após ser informada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município sobre hematomas no corpo da vítima.
O laudo cadavérico apontou insuficiência respiratória aguda como causa da morte e registrou múltiplas lesões traumáticas, inclusive sinais de traumatismo cranioencefálico.
Embora as marcas não tenham sido consideradas suficientes, do ponto de vista médico-legal, para provocar o óbito, o perito destacou que os achados são consistentes com prática de tortura, sem descartar nem confirmar essa hipótese.