Alagoas enfrenta um avanço preocupante das arboviroses — doenças infecciosas causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos. De acordo com dados divulgados nesta semana pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o número de casos de Chikungunya quase triplicou em apenas um mês. Além disso, também foram registradas altas nos casos de Dengue, Zika e Febre Oropouche.
Entre 1º de janeiro e 15 de agosto de 2025, o estado contabilizou 1.267 casos de Chikungunya. O salto é expressivo: são 779 registros a mais do que o boletim anterior, divulgado em julho, que apontava 488 casos — um aumento de 159%.
Transmissor comum das arboviroses, o mosquito Aedes aegypti também está por trás da disseminação do Zika vírus, que teve um crescimento mais tímido: de 15 para 18 casos no mesmo período. Já a Dengue registrou uma alta preocupante: de 3.226 para 4.528 casos, representando um crescimento de 40%. Em 2025, uma morte causada por Dengue foi confirmada no estado.
Outro dado alarmante vem da Febre Oropouche, transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis. Entre janeiro e julho, foram quatro casos confirmados. Mas, apenas em agosto, o número saltou para 24.
Para conter o avanço das doenças, o supervisor de endemias da Sesau, Paulo Protásio, reforça que é essencial eliminar locais propícios para a proliferação do mosquito:]
O mosquito se reproduz em ambientes domésticos e, por isso, a participação da população é decisiva para evitar surtos de dengue, zika, chikungunya e outras doenças transmitidas por mosquitos”, alerta.
Entre as recomendações estão:
- Eliminar recipientes que acumulem água parada;
- Manter calhas e ralos limpos;
- Utilizar repelente, especialmente em áreas de maior risco.
- Para bebês e crianças, é importante usar repelentes adequados à faixa etária, sempre conforme orientação médica.
Fique atento aos sintomas
As arboviroses geralmente se manifestam inicialmente com febre alta (por 2 a 7 dias), acompanhada de:
- Dor de cabeça;
- Dores no corpo e articulações;
- Fraqueza;
- Dor atrás dos olhos;
- Manchas vermelhas e coceira na pele.
Em alguns casos, a infecção pode ser assintomática ou apresentar sintomas leves. Diante de qualquer suspeita, a recomendação é procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima.
*com informações da Sesau